quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Badaladas

Quisera eu todo o dia ouvindo o som da natureza
transformar tudo em poesia
cantando a sua beleza


Na penumbra fiz meus versos altas horas da madrugada
rabiscando no caderno o que me vem na memória

Agora entendo o poeta falando de inspiração
é verdade não é à-toa precisamos de condição


Se a inspiração te toca de manhã tarde ou noite
é anotar agora ou nunca pois ela não tem pernoite

À noite escrevo dormindo apalpando meu caderno
de dia copio sorrindo os versos doces e ternos


Extraídos do pensamento do âmago do meu ser
refletem o sentimento
de onde vem
eu não sei

Em minha mente desperta a inspiração profunda
e pra não ficar aflita versos eu vou compondo


São versos de simplicidade extraídos de um ser
envoltos em felicidade que só a vida pode ter

Enquanto sorvem o café altas horas da madrugada
passando acordado de pé eu ouço as badaladas


São de um relógio fictício
a penumbra ver não permite
somente dá um indício de que foi embora a noite.

Nety Maria Heleres Carrion

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