terça-feira, 30 de novembro de 2010

Maravilha - 28112010

O céu se abriu
para mim e aspergiu as chamas
da inspiração

O céu
que é desvelo e que é paraíso
que se instala no coração

O céu que vibra
no compasso das horas e hospeda os apelos
do mundo sofrido

O céu
a maravilha das maravilhas
espetáculo dos astros
nos panos de teatro

Nety Maria Heleres Carrion

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ehlers - 2002

Mesmo a família
sendo essencialmente católica
a história nos revela
que o primeiro pastor luterano
do Rio Grande do Sul
foi Johann Georg Ehlers

Veio de Hanôver em 1824
e aqui recebeu um galpão
na Feitoria de São Leopoldo
para realizar os cultos dominicais
e terrenos para o salão e o cemitério

A família de Fernando
da diocese de Olinda
e Senhorinha
do Rio Grande do Sul
era católica e seus descendentes
professam e abraçam essa religião
cada qual segundo a sua fé

Em pernambuco o bisavô Fritz
filho de Jorge Ehlers e Sophia Speer
desposou a pernambucana
Margarida Hermenegilda Pereira
os quais tiveram
quatro filhos pernambucanos
e seis gaúchos

Aos cinco anos o Fernando
veio para o Rio Grande do Sul
encontrou a Senhorinha
e a descendência iniciou

Viveu mais de oito décadas
dedicadas à navegação
à indústria e ao comércio

A sua fábrica de "Café Violeta"
foi um dos meios de ganhar o pão

Atualmente sua descendência
realiza encontros e confraterniza
conservando a sua essência

Nety Maria Heleres Carrion


História do Livro - 2002

Em 96 aflorou-me o desejo
de reunir dados da família
e assim rápida num lampejo
recorri a sua essência

Foram várias visitas
feitas aos atuais clãs
esmiuçando suas vidas
para encontrar seus talismãs

Pedi quase implorei
que me falassem dos ascendentes

Esbarrei escorreguei
mas levantei e enxerguei
belo horizonte

Um relicário na Cúria
milagrosamente encontrei
maravilhas sobre os ascendentes
e com isso me deslumbrei

Depois dessa graça alcançada
o jeito era correr contra o tempo
pois a sorte estava lançada

Nesta rápida caminhada
houve colaborações
às vezes um tanto acanhadas
mas geraram grandes emoções

Nety Maria Heleres Carrion

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ehlers - 1996

Manas Ehlers manos Ehlers
vem colher depoimentos
pra escrever um lindo livro
do avô Fernando Ehlers

O casal Oreste Lira
nunca vi casal assim
a Lira uma mocinha
o Oreste um gurizinho

O casal Carlos e Flor
formando um lindo par
depois de longos anos
vieram se encontrar

O casal Norma e Nestor
casal vinte exemplar
festejaram bodas de ouro
e continuam a se amar

Philomena tia Mena
mulher forte decidida
corajosa amigona
uma Ehlers admirada

Zildinha ou Zildão
com seus sete amores
tocando violão
alegrando os corações.

Nety Maria Heleres Carrion&Jane Beatriz Ehlers Ruiz

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guerreira - 07032002

Tu que achaste ó Zilda
mui poucos os versos que fiz
compus de madrugada
pra te ofertar muitos mais

A tua vida transborda
de amor a São Jerônimo
e extrema confiança em Deus
transformando o chumbo em ouro

És um farol que ilumina
com tua luz a existência
e o que tocas perfumas
transformando em melodia

Teu lema é a liberdade
para andar para criar
não vives só de saudade
tu vives para voar

Ser zilda é ser guerreira
e isso nós o sabemos
é ser grande brasileira
gaúcha dos quatro ventos

Parabéns a ti Zildona
nesta bela e querida data
tu nossa grande madona
tens pomposa torcida!

Nety Maria Heleres Carrion

Jóia rara - 12122002

Zildona Zildeira Zildaço
tua vida é um hino de amor
tu andas no teu compasso
tens graça riso e cor

Nessa tua caminhada
rola ouro pelo chão
não daquele vil metal
mas o que brota do coração

Zilda tu és jóia rara
de alegria paz e amor
ao ver-te qualquer um pára
e te aplaude com calor.

Nety Maria Heleres Carrion

Euforia - 2004

Queridas agora eu venho
expressar meu sentimento
com a inspiração que tenho
não posso perder momentos

Hoje estamos empolgadas
pois aqui tem gente de raça
todas são uma parada
tem charme elegância e graça

As manas Ehlers e seu Chá
tem grande repercussão
já correu mundo o crachá
que levam ao coração

Que esses dias de euforia
permaneçam nos corações
cheios de paz e harmonia
traduzidos em canções

Vivamos felizes todos
com saúde e bem aventurança
seja jovem seja idoso
seja adolescente ou criança

Brademos entusiasmadas às manas
com viva e um vibrante olé
e à Zilda que é grande madona
convidamos para um arrasta-pé

E mais uma vez brindemos
agora em tom bem mais alto
a todos nós que viemos
a esse encontro

Um barato!

Nety Maria Heleres Carrion

Sete amores

A vida plantou para ti
um canteiro com sete flores
o jardim da existência
regaste com sete amores

A erva má do sofrimento
afogaste na coragem
colheste as flores para corbelle
usando a tua linguagem

Nem o inço da pobreza
ou a aridez que traz a fome
matou a flor da tua nobreza
e a fé do amor por teu homem.

Homenagem de Dalton José Ruiz à Zilda Ehlers
"Rainha das Zildeiras"

Hino das Manas Ehlers - 1986

Nós as manas Ehlers queremos
amor paz e união
com esses encontros que fazemos
que participamos de coração

I
Deixaremos pra nossos filhos
nosso exemplo de união
temos certeza que chegarão
com a mesma força e gratidão

II
Que este ano de 2010
seja repleto de sabedoria
muita coragem e união
é o que esperamos com alegria

III
Às manas Ehlers eu agradeço
os encontros que aqui tivemos
temos certeza permaneceremos
com a mesma força e gratidão

Nelcy Ehlers Gonçalves

Hino do VI encontro da Família Ehlers - 2002

I
Sejam todos bem-vindos
a esse encontro de amor
de todos os caminhos bem-vindos
carinho amizade e calor

Seguindo a mesma trilha
em grande demonstração
de amor por nossa família
e crescente união

Sigamos juntos pela estrada
sem desistirmos jamais
de seguir sempre as pegadas
deixadas por nossos ancestrais

Viveremos dias tão lindos
nossos rastros mostrarão
que nós estamos seguindo
sempre na mesma direção

II
É chegada a hora da partida
desde já nós sentimos saudade
sempre dói a hora da partida
é assim
mas aumenta a amizade

Levem junto o nosso carinho
sem pensar no afastamento
estaremos sempre bem pertinho
bem pertinho em pensamento

Se a nossa acolhida satisfaz
menos mal
aí então não será uma despedida
será apenas um tiau
tiau tiau tiau...

Dalton José Ruiz

Hino da Festa dos Ehlers - 1996

Esta é a Festa dos Ehlers
esta é a Festa dos Ehlers
comemorando o encontro assim
é uma alegria sem fim

A Família Ehlers unida está
com muita alegria festeja
tem jovens crianças idosos a brincar
e aqui não existe tristeza

Tem baile tem missa gincana a vencer
tem cuca cerveja churrasco
tem graça tem riso piada a contar
e aqui não existe cansaço.

Hino composto no IV encontro da FE

Primeiro encontro da Família Ehlers - 1987

Em nome deles falamos
a todos muito obrigado

Lá no cantinho do céu
eles tão apreciando
essa mensagem tão justa
que a gente está enviando

Nós temos orgulho na vida
do exemplo e da educação
por não ter nesta família
um marginal ou ladrão

No ano de vinte e três
quando em Triunfo chegava
pra melhorar sua vida
de tudo experimentava

Estava bem equilibrado
tinha indústria e navegação
por confiar nos amigos
isto foi a perdição

Tiraram tudo o que tinha
os meios de ganhar o pão
foram judas disfarçados
sem a menor compaixão

Fizeram a maior injustiça
não devia a ninguém um tostão
ele foi resignado
aceitando a situação

Passou muita necessidade
sem as ferramentas na mão
pra conseguir seu sustento
foi trabalhar de peão.

Oreste Ehlers

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Designes - 17112010

Libero a minha voz
que baila colorida pelos designes da vida

Um timbre rouco
que acorda aos solavancos
pelas paragens loucas das estâncias oníricas

No blog da vida
 busco saída
para os apertos do coração

Sacudo a poeira dos caminhos
refletida nas cordas
do pensamento

Enredo que controla o desfecho
subtraído da vida

Dedico o sol
estampado nas cores
que emblemam meu site de aconchego

Resisto às dores
que suprem as horas
esvaídas nas redes do entardecer

Sem vacilo
me vejo a comparar desejos
ambições sem remédios
nesta hora louca
em que o desvario assoma e lança tramas
com laços
revividos na soma das horas

Não me quebro
ante o espetáculo bisonho
nem me altero
na corrida pelo sonho

Só me percebo aqui desse lado
nos feitos desfeitos
nos primórdios do tempo

Em vão desvio olhar
com ar de quem nada vê
absorto em momentos que não condizem
com fatos alheios
revistos e retratados
ao longo da crucial manobra

O amanhã
se debate com o ontem e vira refém
do espetáculo dantesco
que cobre a mira do pensamento

O ontem
capengueou à procura do suporte
para dar força às horas

O amanhã
não quer rebocar o náufrago
que se desfaz em lamentações e deixa no vácuo
apelo sem choro nem vela

Quer o hoje
guiado pela sabedoria

O amanhã desponta nas paredes
com esperança de felicidade

Jovem
com promessa de quimera
surge renovado

O amanhã
que é a esperança
polvilhada de benquerença

Nety Maria Heleres Carrion





quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Paz rosada - 09112010

O barquinho azul
partiu deixando apelo cor de rosa
grifado em lágrimas servis

Quem te viu e quem te vê
espreita de perto o querer
que deságua nesse mar

Com sorriso escaneado
retorna ao cais o desbotado barco
na ânsia de encontrar a paz rosada

A mesma rosa dos seus ais
que já não voltam mais.

Nety Maria Heleres Carrion

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Conquista - 08112010

Remando contra a maré
controlo o humor
seguro gemidos
vibro com meu destino e não me dou por vencido

Solto as amarras
do pensamento e me delicio nesse evento
que sufoca o andar
mastiga olhar
censura o bojo da consciência e traz
o sabor da conquista

Remando contra a maré
me procuro me acho
converto dor em prazer
me divirto com os tropeços e saio sem dizer adeus
para que a maré construa
meu templo de lazer

Remando contra a maré
vou aos confins da terra
sem saber se lá
terá guerra ou terá paz

Carrego comigo
sol estrelas para iluminar caminhos
bordados pelo vento
da descrença

Retorno fortalecido
pelos remos da fé que empurram as marés
para o berço original

Aberto à maré dos tempos
meu livro rejeita proposta
que nao aposte na solidez da entrega total
inspirada nos desejos de bem estar
digitados pelas mentes
salpicadas de sabedoria

A linguagem do livro
fosforifica idéias malsãs e condena o espanto
à treva medieval

Nety Maria Heleres Carrion