domingo, 29 de janeiro de 2012

Criação - 28012012

No silêncio
eu e o verso lado a lado

Conquistas
tropeços líricos
mas de pé rumo ao infinito

No silêncio
sentimentos fantasias segredos
palavras afogadas
geradoras de figuras
borbulham num mar de rosas

Ouvidos falam e a boca se cala
para ouvir o invisível
busca retorno e contorna
os momentos hibernados
nos claros da poesia

A malha da poesia
tece o mapa da criação
com fios de fantasias e quimeras

No silêncio
tudo se transforma e toma forma


A semente informe e sem vida
germina e acolhe
a eterna poesia

Cada verso
é o verso dos versos
o porta-voz fiel da mensagem confiada
que transita pelo meu mundo
com vida nova

Cada palavra
torna-se a tônica da vida
que no silêncio acorda o tônus
da imortal veia lírica

Nety

sábado, 21 de janeiro de 2012

Ou - 20012012

Em pleno verão
falei e disse
aos céus e terras
que paz e guerra
não se misturam

Declarei
que dores e alegrias
são adversos

Frutos sãos
ou doentes
que degeneram
ou brotam
em momentos lúdicos
ou de prantos

Flores ou dores
nas estações da vida
desbotada
ou colorida

Nety

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Memórias - 15012012

Atropelou a vida
aninhou desejos
garimpou interesses
folheou ideias
descolou estilos

Pelos caminhos
sapecou carinhos semeou desgraças
num compasso louco

E de fase em fase
transportou ameaças surgidas do nada
cabeça errante onde o nada impera

Nos caminhos pedregosos
retirou espinhos
colheu rosas
ergueu barreiras e despencou
sem cor nem sabor

Labirinto
degredo da espécie
aconchego que se aninha
nas memórias reunidas

Águas profundas
que borbulham
sem pé nem cabeça

Nety

domingo, 8 de janeiro de 2012

Eméritos - 110209

Bodas de diamante
Orquestra
Divina que enlaça
Alba e José
Sessenta anos

Dedicados um ao outro
Evolução sadia

Descobertas
Inúmeras formas de fazer o outro feliz
Amizade
Mensagem de amor
Alba e José
Transformam problemas em soluções
Eméritos

Nety Maria Heleres Carrion

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Varinhas de condão - 04012012

O sonho extraviado
acende de madrugada e garimpa
a rotina do olhar

Acordes ondulados
estilo piscante do amanhecer

E o ponto alto desse enlevo
é trevo de felicidade
à mercê de promessas encalhadas
num presente contínuo
que reagem
à espera do próximo movimento
do pêndulo da história

Na madrugada o céu
se abre

Chuta as pedras
como quem não quer nada

O delírio
corrompe a noite e cresce
dentro de mim
cria um vai e vem de querubins e fadas
numa alternância
entre o dar e o receber

Câmbio de luzes
cores e sons

Varinhas de condão
que ricocheteiam entre sombras e luzes
tocam o céu do mundo
provocam magias

Encantos
que se bifurcam e iluminam
os cordões da madrugada

Nety Maria Heleres Carrion

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Noites de Natal - 24122011 - ZH

O comboio da esperança
carrega em seu bojo
as teclas do porvir

Parte em lua de mel
com a vida e nas estações
recebe as rezas das famílias

Monta seu palco com cenas
revestidas de sabedoria

Regido pelos concertos
das noites de Natal

O sonho aqui e ali
amealha dons
crescidos nas rotas
itinerantes

Cria eventos
que vão além
do pensamento

Nesta rota peregrina
o mundo brilha e brilham figuras
repletas de sonhos e fantasias


Nety Maria Heleres Carrion

Nobreza de servir - 26092011

Deus permita que nunca o Mercado Gasparotto saia daqui, pois é de uma grande família que presta serviços valiosos à comunidade em que está inserido. Os donos são atentos aos clientes, que os procuram pessoalmente ou por telefone, para solicitar produtos. Estes são vendidos a preços módicos. A família sabe como e está sempre exercendo a nobreza de bem servir.

Nety Maria Heleres Carrion

Filas - 14122011

Fila do sofrimento foi o nome dado à fila preferencial de um banco pela cliente que esperou em pé por mais de 1 hora. Havia somente quatro assentos para cerca de 25 pessoas. Ainda falou que há banco que oferece senhas e chama dois idosos para cada menor de 60 anos.

Nety Maria Heleres Carrion

Nascimento - 04122011 - CP

O nascimento de Jesus Cristo em 25 de dezembro foi oficializado no século IV. Antes, as comemorações duravam até 12 dias, ou seja, o tempo que os três Reis Magos levaram para chegar à cidade de Belém, onde presentearam o Menino com ouro, mirra e incenso. Já a tradição da árvore de Natal pode ter começado em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Ele ficara impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve e das estrelas, que brilhavam entre os galhos de árvores. Em sua casa usou galhos de árvores e velas acesas, para mostrar aos familiares a bela cena que havia presenciado.

Nety Maria Heleres Carrion