domingo, 28 de fevereiro de 2010

Primeiros versos - 21052003

Os primeiros versos que fiz
foram descobertos
por um triz

Reiniciei em dois mil e dois para saudar
a formanda zilda ehlers
que concluiu o segundo grau

A história de cada um vou aos poucos
versificando

Quem sabe em três mil e um termine
o que estou pensando?

Nety Maria Heleres Carrion

Manas Ehlers - 2004

As manas Ehlers e seu Chá tem grande repercussão
já correu mundo o crachá que levam ao coração

Brademos entusiasmados às manas
com vivas e um vibrante olé

E à Zilda que é grande madona convidamos
para um arrasta-pé

Queridas agora eu venho expressar meu sentimento
com a inspiração que tenho não posso
perder momentos

Que esses dias de euforia permaneçam
nos corações

Cheios de paz e harmonia
traduzidos em canções

E mais uma vez brindemos
agora em tom bem mais alto
a todos nós que viemos
a essa exposição
um barato.

Nety Maria Heleres Carrion

Madona - 2004

Aqui chegam as estrelas
para a madona
cuidar

Todas a enchem de zelo
todas a querem
mimar

Estrelas organizadas
com hora marcada
cronograma bem claro
para que possam pernoitar e brilhar

Com direito
a cama mesa banho e menu
gostoso e completo
que nunca
deve faltar

Essas estrelas em gesto amoroso
acataram o cronograma
de modo pomposo e que toda estrela
proclama

Visitas de hora em hora
fazem a alegria da madona que agradece
aqui e agora na mais alta emoção

Dedilhando seu violão.

Nety Maria Heleres Carrion

Brincadeiras - 2004

Vamos brincar de roda ou de caliante

brincar de corda de modo cantante

Brincar de terezinha de jesus

cadê a margarida ou o cravo brigou
com a rosa e biborá da cruz

De magirom-dom-dom ou a canoa virou

de ciranda cirandinha ou a moda da carochinha

Rodar um pião na mesa ou no chão

soltar a pandorga ao vento
liberando emoções

Ou jogar bolita no batido chão e bola

nas mais diversas formas

Cantar rema-rema gasparema

brincar de cinco marias
com pedras ou saquinhos de areia

Brincar de cabra-cega e com o bilboquê

fazer mil regalitos

Brincar de fazer versos e os versos

declamar

Brincar
com as coisas da vida e com as coisas da vida
brincar?

Nety Marria Heleres Carrion

Quem sou - 2004

Quem sou
de onde venho e para onde vou

Sou uma mistura de raças
branca negra quem sabe amarela
de costumes crenças e culturas

Descendo de imigrantes alemães
de italianos portugueses
espanhóis e africanos

Sou brasileira
gaúcha de Triunfo

sou o que sou

Nety Maria Heleres Carrion

Almada Alves Azevedo
Buenavides ou Bernardes
Cardoso Conceição
Ehlers
Fagundes Figueiró Flores
Leitão
Martins Moraes
Nunes da Silva
Pereira Pires
Rodrigues
Sant'Anna Santos Speer...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cascatas de ilusões - 19022010

Envolvo céu e terra
com o universo teimoso
do olhar

que me segura

que saltita nos ares

que dispara cascatas
de ilusões

Nety Maria Heleres Carrion

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fantasia chorosa - 19022010

Libero a consciência
e me delicio
e adormeço
enclausurado num tempo
sem ida
nem volta

Não penso
na consequência
qualquer que seja o desfecho

Fecho o livro tremido com a fala
que o absorve gole
após gole

Engulo os farelos
de sua fala

Concluo obra por obra e passo
fantasia chorosa

Acordo
sem teto e sem chão

Cada vez que o coração
é tomado pela emoção

Nety Maria Heleres Carrion

Baú da eternidade - 08032008

De bruços a alma
enovela e fisga
sonhos grudados ao anzol
da maturidade

Nas esquinas enruga
saga e planta
o canteiro ecológico
da saudade

Descasca os anéis
da solidão e jorra
no baú da eternidade

Apregoa
entre chaves
o coração.

Nety Maria Heleres Carrion

Melodia do poema - 19022010

O que me segura
é o tudo
é o nada

É o desperdício
na calçada da fama
que oscila nos portões secretos
da noite

No espaço poluído
sobra resíduo da esperança
atraído pela melodia
do poema

Nety Maria Heleres Carrion

Ais do mundo - 19022010

O que me segura são os ais

do mundo e a cultura

posta nos jardins

da existência

Nety Maria Heleres Carrion

Cores do mundo - 19022010

No espaço sem fim

o que me segura

são as cores do mundo

que ensaiam coreografias

jogadas no tempo


Nety Maria Heleres Carrion

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Penas machucadas - 08022010

Rejeito proposta
que não aprove o bem estar
do meu ego


Exploro as penas machucadas
nos vãos da madrugada


Engulo asperezas
traçadas nos redutos estressados
do caminho
Escorro a pena
manchada na aquarela
da vida


Embarco na rotina marulhada
de pensamentos e viajo
nas águas da liberdade

Nety Maria Heleres Carrion

Boneca - 08022010

A dor ensina a gemer e o gemido ressoa
como alerta para o sonho que se vai
espetado pelos espinhos
da vida

E nesse voo tão alto o fato se revela
atrelado às vozes que o repelem

Sons imagens num percurso extremo
das barbeiragens do tempo


A dor ensaia gemido pelos caminhos
grisalhos da alma

Rejeita consolo e jaz no agouro
das preces

Virtuoso gemido no queixo tremido
da sofrida alma

Dor e gemido lado a lado parceiros
de tudo consome gemido
em greve com a terra

Gemido sofrido prescrito no olhar
abastece carinho


O resto da dor ecoa de leve
no gemido

A doçura no olhar perdura
no tempo e derrama suor
nas teclas do pensamento

No mundo insano olhos abertos
reclamam habite-se no recinto
orfeônico

Olhos abertos queixo tremido
reclama vida calcada nos anos


Lençol de lamúrias lágrimas
pensantes descem da fonte
seca

Corpo rijo e cheio de ilusões
desperta para a maciez
da vida


A soneca habita o corpo
da boneca e desperta
com as notas musicais


Reclama pedido de auxílio
extraviado nas trevas
do sentimento

Nety Maria Heleres Carrion

Lágrimas pensantes - 08022010

A doçura no olhar perdura
no tempo


Derrama suor nas teclas
do pensamento


No mundo insano
olhos abertos
reclamam o habite-se
no recinto orfeônico


Olhos abertos
queixo tremido
reclama vida
calcada nos anos
Lágrimas pensantes
descem
da fonte seca


Lençol de lamúrias

Nety Maria Heleres Carrion

Greve - 08022010

Em greve com a terra
a dor
consome gemido
sofrido
prescrito no olhar


O resto da dor
ecoa de leve


No gemido
abastece o carinho



Nety Maria Heleres Carrion

Parceiros de tudo - 08022010

A dor ensaia
nos caminhos grisalhos
da alma


Rejeita consolo e jaz
no agouro
das preces


Virtuoso gemido
no queixo tremido
da sofrida alma
Dor e gemido
lado a lado


Parceiros
de tudo


Nety Maria Heleres Carrion

Barbeiragens do tempo - 08022010

A dor ensina
a gemer e o gemido
ressoa como alerta
para o sonho que se vai
espetado pelos espinhos
da vida


E nesse voo tão alto
o fato se revela
atrelado às vozes
que o repelem


Sons e imagens
num percurso extremo
das barbeiragens
do tempo
Nety Maria  Heleres Carrion

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Canto 2 - 05022010

Os anais da fantasia registram a temperatura
da alma face aos delírios projetados
nos laços poéticos

Expostos ao sol das rimas encharco
meus olhos no suor que aplaude
o nirvana do pensamento

Beiro elásticos
do fantástico mundo
da fantasia

Colho surpresas etéreas
para cinzelar
poemas

Decido saber quem eu sou
quando passo a mão
nos poemas

Visto carapuça
sem repulsa
visto que aqui pulsa
um coração
crivado
de emoções

Penetro na ala norte ou sul dos desejos
e saboreio o canto do pensamento

Obedeço o ritmo da canção e zelo
pelo crivo do belo

Recordo eras
dispersas nas quimeras
da vida

Leio a sorte nos olhos
da poesia

Enxerto idéias e ideais nas modas
superadas que ficaram
pela estrada

Agito as massas
com loções poéticas
que desfilam
em cartões postais

Liberdade de ir e vir


Nety Maria Heleres Carrion

Confetes e serpentinas - 05022010

Procuro mel
nos enredos carnavalescos


Assisto os sambistas sufocados
pela marcha
na pista


Polvilho os passantes
com floridas
fantasias


Respiro confetes e serpentinas
na passarela
do samba



Nety Maria Heleres Carrion

Ritmo da canção - 05022010

Obedeço o ritmo
da canção e zelo
pelo crivo
do belo

Recordo eras dispersas
nas quimeras da vida

Leio a sorte nos olhos
da poesia



Nety Maria Heleres Carrion

Liberdade de ir e vir - 05022010

Enxerto idéias e ideais
nas modas superadas
que ficaram
pela estrada


Agito as massas
com loções poéticas
que desfilam
em cartões postais


Liberdade de ir e vir



Nety Maria Heleres Carrion

Emoções - 05022010

Decido saber quem eu sou
quando passo a mão
nos poemas


Visto carapuça sem repulsa
visto que aqui pulsa
um coração


Crivado de emoções



Nety Maria Heleres Carrion

Surpresas - 05022010

Beiro elásticos do fantástico
mundo da fantasia


colho surpresas
etéreas


para cinzelar
poemas
Nety Maria Heleres Carrion

Nirvana - 05022010

Os anais da fantasia

registram a temperatura da alma
face aos delírios projetados
nos laços poéticos


Expostos ao sol das rimas

encharco meus olhos
no suor que aplaude o nirvana
do pensamento



Nety Maria Heleres Carrion

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Céu redondo - 140708

Mergulha o canto da sereia

na casca
do céu do amanhã


Pedala os degraus

da incerteza
banhada no céu
redondo


Luar que acena

aos cordões
de alá


Ribeira da coragem
folheada
na pura emoção



Nety Maria Heleres Carrion

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Horizontes mudos - 01022010

Todas as palavras
já foram ditas
mas é bom que se repita


O verso
de horizontes mudos
está no pensamento


Transpõe obstáculos e chega
com as cores e os sons
do universo




Nety Maria Heleres Carrion

O verso - 01022010

Nesse mundo
controverso o verso
é a parte poética
do universo
É a fórmula mágica
em sintonia com a pérola
do pensamento
É o ponto alto que sintetiza
universo fantástico
da história

Todas as palavras 
já foram ditas
mas é bom que se repita

O verso transpõe obstáculos e chega
com as cores e os sons aquecidos
pelo universo
Os horizontes mudos estão nos pensamentos
mudos e recebem a pena da emoção
que saboreia cada gota e fulgura
chocando as rimas percebidas
na oração poética

Cresço no enlevo
dos versos e consagro
rimas

Com águas de rosas
perfumo os versos


Nety Maria Heleres Carrion