quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quintana - CAPORI 2006

Mário! Poeta múltiplo,
Aristocrata da palavra
Retratada em versos
Inigualáveis.
Ornamento mundial.

Quintana e Quintanilhas
Universais,
Insuperáveis,
Nectarizando crianças e adultos.
Timoneiro no tombadilho,
Arrimo
Natural, humano, mas imortal.
Absoluto! Gênio literário.

Nety Maria Heleres Carrion

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ópios de ilusões - 24092008

Esbelto é o caminho das horas
que passa tilintando pensamento e burila
o topo das ideias

Chega ao concerto majestoso do cosmos
embebido em sais exalados pelas mentes

que emanam ópios de ilusões

sem farol da agonia
para beber o estigma
que rola na fantasia

Nety Maria Heleres Carrion

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Erário literário - 01092007

Aterrissei
minha nave literária
nesse erário
para buscar inspiração
onde cordas deliram
sons de poesias do mensageiro
que não passarão
desapercebidos
pois comoveram a nação

Nas ruas e praças
por onde passas
estão caminhos piscosos

Graças líricas
dedilhadas aos mortais
desse pago

E o desejo
do conterrâneo
é que esse erário literário
seja contemplado
com teus versos

E versos outros
de anônimos

Nety Maria Heleres Carrion

Sarau na praça - 29082007

Sons eclodem
no sarau da praça

Acordes agudos
suaves
pequeninos
embalam lembranças
recriam fantasias
alegrias aos passantes

Acordes trinados
pelos passos apressados
da comunidade presa
aos encantos da praça

Rasantes voos
de pirilampos
borboletas e pássaros
marulhar do vento
farfalhar das árvores
vestindo o chão
de macilentas folhas
empetecando o ar
de peregrinas pétalas

Rosnar de cães
ecos de ambulantes
de olho no olheiro

E o mestre da poesia
olhos e coração abertos
atento aos cantos e recantos
lindeza dos casarios
das luminárias
ruas e praças
de Porto Alegre
sente a elegância
do colorido e com sorriso
agradece a delicadeza

E nesse sarau da natureza
Mário Quintana declama versos
com beleza e graça
para a platéia que delira
nas cordas de sua lira

Nety Maria Heleres Carrion

Haicais - 23052011

Chamas
num afresco.
Segredos.

Palavra.
Olhar aberto
ao objeto.

Poesia.
Verdade e fantasia
na mente.

A hora
bate na cara.
Castiga o tempo.

Suvenir poético.
Viaja
nas alegorias.

Encontro.
Sorriso
no rosto.

 
O sonho
pendura
as agruras.

Retrato.
Furta imagem
da paisagem.

Sino na torre.
Badalo
nas ruas.

Ilusão.
Aberta
na escuridão.

Natureza.
Conto
de fadas.

Sola.
Rugas
do caminho.

Anais da fantasia.
Temperatura
da alma.

Trânsito.
Guerra
na terra.

A roda da vida
gira.
Destinos.

O sonho
arrumou as malas.
Mudou de rumo.

Tempo
precioso
limitado.

Vida que rola.
Busca de algo
estocado na viola.

Varri lembranças
antigas.
Velhas feridas.

Nety Maria Heleres Carrion

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vivi - 01022006 - DG

Passaram-se décadas
ou seriam milênios

Nem percebi

Quantas coisas fiz
e quantas farei

Revendo
o túnel do tempo

Meu Deus
como vivi

Brinquei
amei
sofri
chorei

Também na vida eu ri
de coisas simples
ou complicadas

Busquei
aprendi
ajudei

Vivi
dei vida
fiz viver

Nety Maria Heleres Carrion

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Espiral eterna - 16052011

A roda da vida
gira
com os destinos

Ensaia caminhos
esfumaçados
pelo vento

Navega no tempo
sem chegada ou saída
trazendo em seu bojo
rimas extraídas
nos vales e rochedos
da existência

Sementes do verbo
que orbitam na roda
da vida
para desvendar o segredo
arquivado
no pensamento

Pego carona e visto meu tempo
com paramentos
do passado e do futuro

Me aconchego e rego emoções
nessa espiral eterna

Nety Maria Heleres Carrion

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Poesia empírica - 03052011

Mexo e remexo nos meus guardados
maltratados pelas traças e traço perfil de raça
com direito à taça da liberdade

Para mim me basta
que recuperem a vida que lhes dei um dia
e que percorram caminhos redentores
no mundo da fantasia

A mim me basta que acreditem
em suas majestades e que suas penas
deixem recados forjados na emoção
nos enlevos poéticos

Percorro os sete mares
em busca da arte que pernoita
nos andares mais altos
da poesia

Escalo degrau por degrau dos andares
que me conduzem ao pico desta arte

Reviro meus guardados
maltratados pelas traças
recomponho peça por peça
ato por ato e lhes dou trato
para que adquiram brilho próprio

Empergaminho os guardados e ato
com laço de ouro

Se não me falha a memória
essa história descarrilou e ascendeu aos ares
aportando poesias de estrela em estrela

Alguma coisa me diz que as coisas que fiz
chegaram feitas para serem depositadas
nas folhas brancas e voarem
pelo mundo da fantasia

As coisas que fiz aqui
pertencem a ti

O espaço tombado
pela arquitetura empírica da poesia
libera construção
do profano ou sacro
do lírico ou popular
no atelier receptivo e livre
à canção poética

Nety Maria Heleres Carrion

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A vida - 02052011

No cavalo branco alado
a grande viagem do espírito

A Vida


Viver
aprender

A Vida não espera

O tempo não para
o que ficou
ficou

O que se foi
passou

Vida em 
             mo
                 vi
                    men
                           to

Viajantes eternos
em suas trilhas

Passageiros eternos
no temporário

O eterno
no movimento da vida
seeeeegueeeee

Tempo para tudo
para o amanhecer
para o meio-dia
para o anoitecer

Tempo para semear
tempo para colher

Tempo para nascer
tempo para viver
tempo para partir
tempo para renascer
tempo para seguir

No rio da vida
as águas do tempo
curam tudo

E diluem-se no eterno
as coisas passageiras

O tempo leva tudo
e a vida segue

Nety Maria Heleres Carrion