no sarau da praça
Acordes agudos
suaves
pequeninos
embalam lembranças
recriam fantasias
alegrias aos passantes
Acordes trinados
pelos passos apressados
da comunidade presa
aos encantos da praça
Rasantes voos
de pirilampos
borboletas e pássaros
marulhar do vento
farfalhar das árvores
vestindo o chão
de macilentas folhas
empetecando o ar
de peregrinas pétalas
Rosnar de cães
ecos de ambulantes
de olho no olheiro
E o mestre da poesia
olhos e coração abertos
atento aos cantos e recantos
lindeza dos casarios
das luminárias
ruas e praças
de Porto Alegre
sente a elegância
do colorido e com sorriso
agradece a delicadeza
E nesse sarau da natureza
Mário Quintana declama versos
com beleza e graça
para a platéia que delira
nas cordas de sua lira
Nety Maria Heleres Carrion
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