terça-feira, 7 de maio de 2013

Madorna - 02052013

No solitário mundo do pensamento
atiço meus neurônios e invisto
nas pérolas da criação

Reflexo
das minhas ideias
que percorre o caminho
das estrelas

A minha estrela
me acompanha entre o céu
e a terra

Laurel
que recebo sem dar nada
em troca
a não ser a minha humilde
gratidão

Nesse recanto de paz o meu ser
vive um tempo genérico
erguido nas pirâmides
do pensamento

Um alicerce
cuja face contrasta
com a pureza
da alma

A periferia transforma
em cão e gato a raça pensante

Caça pueril
no reflexo das imagens
perpetradas
nos desertos ermos

Nessa madorna não me demoro
saio para fora e trago o vigor
que nasce em mim e reflete
a voz do tempo

De espaço em espaço
a minha estrela
lança olhar
com centelhas de luz
mas lá
não se demora

O dia já se fez claro e a noite
dá trégua na selva escura e fecha
o dia pleno de luz

Prendo o dia
na gaveta
enquanto a noite toma conta
do pedaço

Fechei a minha cara
para a poesia

Engavetei
os neurônios e com eles
toda a minha emoção e agora é esperar
o retorno das rimas
que sumiram sem dar sinal

Nety

Apoteose de luz - 07052013

O ator
empresta o seu eu
ao personagem

Extrai
o potencial
do eu miscigenado

Ficção e realidade
dando voz e vez

Máscara
que elege o par
numa dosagem perfeita
para o momento
vivido

Prazer
ver o mundo
rodopiando e levando consigo
o elenco
cheio de gamour
resultante das metamorfoses
ambulantes
que se operam
nos palcos
da vida

Estrelas
espargindo luz
inebriante

Sonhos
debutantes
nascendo das estrelas

Apoteose de luz
que desfila
óbulos e ovações

Plateia
um mundo de eus
regados
pelos eus
do personagem

Nety