quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Raspas de tacho 5 - 21112012

O papo desaba
na praia cheia de glamour

Não quero serenar
sem antes gastar todo o meu pensar
em atuações de risco ou de segurança
para que o retorno me traga a ilusão
de que tudo são flores

Elas que enfeitam
o meu jardim e me dão arrego
às horas mornas em que decido
voar ou aterrissar com meus pensamentos

Que não se dissipam
sem antes dar ciência de sua chegada
à terra

Porto firme
num concerto projetado no talento
do meu viver

No oráculo do templo
o espectro do meu ser descansa em paz
com a consciência
do dever cumprido

Jaz no topo da vida
condecorado pelas alegorias
exibidas no palco

Cenas de aplausos e vaias
para que se saiba que aqui
a paga do serviçal
da poesia
não carece de elogio
nem reprimenda

É musa na calçada a esmolar
a fantasia da fama

Utopia
com vestes reais

Nety 

Raspas do tacho 4 - 21112012

Mistérios perderam o rumo
encostaram-se
na magnitude do pensamento
ora trôpego
ora seguro
de suas convicções

Por fim
me sobressaí nessa aldeia
onde qualquer coisa me entende
cria vínculos majoritários
nos calendários que rastreiam
por aí

E é assim
que eu vejo o que acontece
ao meu redor

Com olhar de lince
para sobreviver às etapas
inseridas na minha performance
que dão alento às madrugadas
que se achegam
a mim

Nety

Raspas de tacho 3 - 21112012

E nesse pouso tão leve
o meu olhar se mistura
aos olhares do mundo

Cria personagens mudos
com aventuras nos mares
cercados de mistérios errantes
cujo maior emblema se despe
de todas as vaidades

Acorda com as cores da saudade
que habita todos os cantos

Refina os pedaços da mente
ejetados em horas servis
da poesia

E nesse ponto
me separo do calendário
para entrar na história
de todos os tempos

Coração ensolarado
com as cores da natureza

Esperança
que troca de casaca
no estilo maria vai com as outras
em saltimbancos

Manobra arredia
que viaja moldada às cores
do amanhã

Sopro audaz
que traga vento bravio
do anoitecer
com perfumes gerados
na primavera
da vida

Nety

Raspas de tacho 2 - 21112012

As luzes
vestem a Capital
dos Pampas

Cores
que se multiplicam
nos lares
nos bares
nas ruas e praças
de nossa cidade

Folga o céu e a terra
corações em festa
nessa mensagem singela

Saúdam
Aquele que veio ao mundo
para nos salvar

Nety

Raspas do tacho 1 - 21112012

No meu calendário de vida
o tempo não existe
separado de mim

Coexiste e caminha
lado a lado
me escuta e ala
meus passos

Calendário
em comunhão com o dia
que passou e o dia
que está por vir

Um presente
que augura felicidade

Nety

sábado, 10 de novembro de 2012

Badaladas - 09112012

Tudo passa
pelo aval
do pensamento

Um pestanejar
numa saraivada de estilos
que dão arrego
ao meu dia
sonolento ou acordado

Paquero
meus sentimentos e viro
do avesso

Ideias
me conduzem
por mundos exóticos
ligados à poesia
onde o peito declama
sem palavras

E assim o dia
em mim
chega ao fim
sem dar mostras
do bom ou do ruim

Simplesmente
acaba
sem um ai

Dia órfão
de pai e mãe
nadando em horas sem fim

Badaladas
adiadas
do amanhã

Nety

domingo, 4 de novembro de 2012

Antologias - 02112012

O meu olhar enriquece
com as cores do teu jardim

Dádivas da natureza
estampadas no teu olhar

Vive em ti
a glória da natureza

Maravilha que transborda
no meu reduto
poético

Palavras
que escorrem nos perfis
da aurora e desenham antologias
da memória

Anfitrião
que descola
o papel da saudade

Nety