sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Varinhas de condão - 04012012

O sonho extraviado
acende de madrugada e garimpa
a rotina do olhar

Acordes ondulados
estilo piscante do amanhecer

E o ponto alto desse enlevo
é trevo de felicidade
à mercê de promessas encalhadas
num presente contínuo
que reagem
à espera do próximo movimento
do pêndulo da história

Na madrugada o céu
se abre

Chuta as pedras
como quem não quer nada

O delírio
corrompe a noite e cresce
dentro de mim
cria um vai e vem de querubins e fadas
numa alternância
entre o dar e o receber

Câmbio de luzes
cores e sons

Varinhas de condão
que ricocheteiam entre sombras e luzes
tocam o céu do mundo
provocam magias

Encantos
que se bifurcam e iluminam
os cordões da madrugada

Nety Maria Heleres Carrion

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