O sonho extraviado
acende de madrugada e garimpa
a rotina do olhar
Acordes ondulados
estilo piscante do amanhecer
E o ponto alto desse enlevo
é trevo de felicidade
à mercê de promessas encalhadas
num presente contínuo
que reagem
à espera do próximo movimento
do pêndulo da história
Na madrugada o céu
se abre
Chuta as pedras
como quem não quer nada
O delírio
corrompe a noite e cresce
dentro de mim
cria um vai e vem de querubins e fadas
numa alternância
entre o dar e o receber
Câmbio de luzes
cores e sons
Varinhas de condão
que ricocheteiam entre sombras e luzes
tocam o céu do mundo
provocam magias
Encantos
que se bifurcam e iluminam
os cordões da madrugada
Nety Maria Heleres Carrion
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