segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Conquista - 08112010

Remando contra a maré
controlo o humor
seguro gemidos
vibro com meu destino e não me dou por vencido

Solto as amarras
do pensamento e me delicio nesse evento
que sufoca o andar
mastiga olhar
censura o bojo da consciência e traz
o sabor da conquista

Remando contra a maré
me procuro me acho
converto dor em prazer
me divirto com os tropeços e saio sem dizer adeus
para que a maré construa
meu templo de lazer

Remando contra a maré
vou aos confins da terra
sem saber se lá
terá guerra ou terá paz

Carrego comigo
sol estrelas para iluminar caminhos
bordados pelo vento
da descrença

Retorno fortalecido
pelos remos da fé que empurram as marés
para o berço original

Aberto à maré dos tempos
meu livro rejeita proposta
que nao aposte na solidez da entrega total
inspirada nos desejos de bem estar
digitados pelas mentes
salpicadas de sabedoria

A linguagem do livro
fosforifica idéias malsãs e condena o espanto
à treva medieval

Nety Maria Heleres Carrion

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