eriçando sonhos nocauteados pelo alvorecer
das ilusões desnudas que ribombam nas trevas da mente
Sugando os liames do saber
em ruptura com o cosmos
pronto a eclodir no sarau do pensamento
força centrípeta forja a sabedoria do universo
cadente recluso na infinidade do tempo
O tempo redemoinha fios
enredados na aura translúcida
O tempo sublima ondas pictóricas do canto
condutor jubiloso encenando a peça da vida
Regrados de totens extra-sensoriais
em tempos dispersos nas efinges de batalhas
Centradas nos deuses de luz e saber
enclausurados na era perdida dos cavalos
de tróia voam deuses e musas
Em busca do portal das emoções
que abriga jóias da meditação
Tríades de idéias no píncaro extremado
das visões medievais
envoltas em ritos platônicos
de soberanos
metamorfoseados
com máscaras sedentas
de orgias virulentas
Dependente da fera que o cerca
o bicho-homem empobrecido de crenças
recolhia-se aos ritos de magia
Quiromancia vileza epopéica dos bruxos
que infestavam o mar das idéias
Proporções rejeitas pela galáxia
consomem a aurora perdida
no vasto ceticismo do poder
Suspira o poeta na margem das letras
Detona a maresia e rebenta a poesia
Resvalando da mente a poesia suplica
o retorno em coro efusivo e recai
no abismo deslumbrante do prisma
que se bifurca em cores
Nuanças esteladas pipocam
celestes odes engaioladas na surpresa
espocada de luzes cintilantes
Chispas dispersas no estertor cantante
envolvem poema sublime
Liberdade de canoras asas rufantes
brilham efêmeras viandantes
de ilusões eladas no degelo virtual
secretado pela esfumaçante iríade
Circundando o túnel misterioso
culcado de reflexos místicos
de todos os lados
Fluem resplandecentes
Isolados aromas musicais
num vendaval de ilusões.
Nety Maria Heleres Carrion
Nenhum comentário:
Postar um comentário