no semáforo do pensamento
para serem fisgadas e amadurecidas
no labirinto poético da memória
que estala fugidia na boemia
cosmopolita do sonho
A dúvida esparge receios
nas oscilações pendulares das nódoas
do pensamento em noites
sem fim
Brilham no passado
memórias espiraladas
com vozes na esteira do tempo
encaracoladas nas dobras
do pensamento
onde vibram campainhas
da consciência
embrutecida pela treva
crepuscular
Num andar vagueado
vaga o viajante contagiando vidas vãs
cercado de velozes vassalos
entre vozes videntes
ornadas de visões
verídicas que vislumbram
vozes vagas
Busco a essência empírica da poesia
enrustida na alma errante do viajor
semeando encontros com o imprevisível show
da existência
No piquete da saudade instala-se o sonho
de uma escalada futurística com aura
presa ao passado que livre exala
aromas compassados
aromas compassados
Renascem e florescem cinzas com graça
lírica enovelando a elencar paródia
para transbordar a fluência lirical
dos dribles saltitantes da poesia
Dribles revoam e ricocheteiam nas dobras do pensamento
para desvendar o enigma das palavras peregrinas
que ateiam fogo na poesia
Driblo o pensamento numa via
de candelabros onde a luz enevoada
resguarda como jóia os sais de meditação
Dribles saltitantes burilam a seiva da palavra
num enlace de atrações empíricas
tostadas pelo sol da meia-noite.
Nety Maria Heleres Carrion
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