No meio da multidão a solidão
cresce amadurece entontece
O labor estala o peito
Escorre lento nas veias do pensamento
gira suspira e procura doce par
É tarde no coração da noite
estronda a corte e no luar
das horas demora
Fita enreda o véu da sorte e tricota
o fio da vida enlaçado
na seara da aurora
Nas colinas da sorte clica o tempo
descansa aurora da vida no leito da paz
onde jaz a fantasia quimera e alegoria
nas páginas brancas da sortida vida
Louros ultrapassam portais da glória
andarilho risca o céu da posteridade
dribla eternas elegias demagogias
suspensas na chama das telas
de brancas entrelinhas.
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