segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Trela aos ais - 24012010

Dou trela aos meus ais
 na ânsia de encontrar toda a paz
que abre alas para os sais
da felicidade e da inspiração
que motivam o meu viver

Do alicerce à torre a escala de pendores
multiplica e lá de cima são lançados
para a posteridade

Quebro a taça de cristal para brindar o poema
que nasce no requebro das emoções e circula
para autografar multidões
que lhe ofertaram
ósculos

Escondo a marca
do passo e controlo a grandeza
de tudo

Nas minhas juras até juro
desconjuro creio desconfio
viro do avesso

Juro e só paro de jurar
quando a jura não tiver
efeito

Corto as juras
 em mil pedaços e despedaço
para que não levantem
falso e rasguem
as juras que faço

Me jogo na fonte dos desejos e pesco
a moeda da sorte para animar
as desditas criadas nas rotas
sulcadas pelo tempo e bebo
águas que esterilizam
alma esquartejada

Estudo o mundo com tudo
que ele pode dar e receber

Estudo o hálito
da rosa vermelha ou branca
que mora no meu jardim

Atropelo os sentidos perdidos
nos holofotes da vida

Desvio o caminho que aderna
as ruas do meu destino

Percorro sozinho
 tropeço
em veredas e descanso
no balanço pipocado
pelo vento
Nety Maria Heleres Carrion

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