Semeio os frutos do porvir
calcado nos sentimentos maduros
Percorro o A e o Z da existência
à procura do ser maior
que me sustenta e dá arrimo
Traço meu rumo em torno da esfera
do pensamento e marco passo
no espaço criativo
do saber prosaico
Sou da vida o serviçal que cria e é criado
para doar sua alma
Sou serviçal sem talismãs para ofertar
sem segredos para ocultar
sem receios ou medos
Sou serviçal e me enredo nos poemas
para chorar ou cantar
Sou serviçal da poesia
sou aio sou lacaio
Sou
calcado nos sentimentos maduros
Percorro o A e o Z da existência
à procura do ser maior
que me sustenta e dá arrimo
Traço meu rumo em torno da esfera
do pensamento e marco passo
no espaço criativo
do saber prosaico
Prefiro não comentar
o que acontece
no mundo das idéias
Prefiro dizer que o pensamento
rodeia o mais alto escalão
da natureza e bombeia
os recintos amorosos
da consciência
Condena o coração ao exílio burlesco
da história que emerge no meio
da rotina malsã
Sou da vida o serviçal que cria e é criado
para doar sua alma
Sou serviçal sem talismãs para ofertar
sem segredos para ocultar
sem receios ou medos
Sou serviçal e me enredo nos poemas
para chorar ou cantar
Sou serviçal da poesia
sou aio sou lacaio
Sou
Me dobro ao destino das ruas
espelhado na lanterna
da sabedoria
Não quero pensar na agonia
de não pensar
Quero rezar a reza
de todas as horas
Quero luzir com os astros e cantar
o canto dos pássaros
Quero beber os sais criadores
da poesia e me alar num tapete
bordado de poemas
Quero o coração do mundo encostado
ao ouvido com apelos esculpidos
nas paredes da alegria
Estou só e me sinto só por um momento
íntimo do pensamento
Estou só mas não tão só que não possa
erguer a voz e dedilhar mais versos
pelo universo
A sós me vejo quando os clarins
da aurora me acordam
com lampejos do dia
Mudo a tudo mudo tudo
mudo meu sol mudo meu chão
escorrego nas farpas
do coração
Só não mudo o meu tudo
por nada deste mundo
Só não mudo
porque mudo a este mundo
não sou.
Nety maria Heleres Carrion
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