A palavra reside no olhar
fechado ou aberto
que se inclina para o objeto e seduz
viajante peregrino
passageiro
da ordem primata
Corpo e alma descem
pelos caminhos celestes
da vida
A glória da natureza
está em dar e receber
carinhos
de seus filhos
Sorvo o néctar
fechado ou aberto
que se inclina para o objeto e seduz
viajante peregrino
passageiro
da ordem primata
Corpo e alma descem
pelos caminhos celestes
da vida
As dádivas da natureza caem nos braços
do homem e corcoveiam quando atacadas
pelo seu espírito destruidor
A fúria selvagem da natureza dá seu recado
de amor aos filhos e lança ósculos de judas
aos que a destroem sem piedade
A glória da natureza
está em dar e receber
carinhos
de seus filhos
Encharco meus olhos com a poesia
embutida nos comentários
Desço do palco da poesia onde encontro
sabedoria para saudar os gênios
que me saúdam
Sorvo o néctar
da poesia
gerada ao relento e alimento
com a música das rimas
solta na doçura peregrina
dos tempos
gerada ao relento e alimento
com a música das rimas
solta na doçura peregrina
dos tempos
Medito no ápice
da melodia que desprende
rituais poéticos
crivados das cores e sons
do mundo
Perscruto olhar ganancioso na alma
que existe entre o ceu e a terra
Boleio os caminhos que conduzem ao festival
emanado pelos veios poéticos
Na alta madrugada
besunto o meu saber com óleos poéticos
para extrair ritmos musicais
dos pensamentos
Na calada da noite abro o jogo e me jogo
de cabeça nas entranhas da inspiração
para colher frutos poéticos
Absorvo sobras
nas fontes poéticas e lapido
fantasias e quimeras
que colidem nos andares místicos
das horas e borda
o lado majestoso
da poesia
Abraço a poesia e me atiro sem pestanejar
aos seus puros desejos
de sublimação
Refugo idéias
sem conteúdo
Enxerto as horas de todos os tempos
com ideais balizados nas águas
cristalinas da inspiração
Que transborda vida e noite
emoções e carícias
Folga o céu
bordado de estrelas
A terra de aromas e a lua
ósculos na areia
No campo florido da mente a semente
produz frutos melodiosos
Terra sol lua eternizados
no aconchego das rimas
No teatro da vida
percorro platéias com palmas
risos e deleto a gordura malsã
do ir e vir poético
Ofertório que diviniza
o ator
Exponho o meu eu ao mundo
sem preconceitos
O meu eu tem horizontes centrados
na poesia e no seu lirismo
O meu eu abriga o eu do mundo
num compromisso poético
O meu eu capta as melodias e os contrastes
do mundo
O meu eu que é o eu do mundo e mescla
a sabedoria do mundo em ascenção
Eu e o mundo
Percorro o caminho
mais curto
para chegar à poesia
Desvio medos e ilusões
cargas de emoções e desço
nos labirintos onde encontro
figuras de estilo para ornar
as piscosas poesias.
Nety Maria Heleres Carrion
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