terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Farpas - 131209

No agouro do nunca

esqueço as farpas
da ilusão e me prostro
em pé de igualdade
com a hegemonia
do ser em ascenção


Agora ou nunca embalo

as idéias estocadas
no balaio da esperança
crescidas de dentro
para fora


Bato agora nos castos porões

das longas madrugadas
sem nunca saber
se é verdade ou é mentira
por que me aturo ou me atiro
sem pestanejar nas águas
do pensamento
para sobreviver ao nunca


Sem desbotar a consciência

sem desmaiar na essência
sem deixar restos sofridos
ou carência de amor
diluídos nas faixas
do coração


Nety Maria Heleres Carrion

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