sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ERA DE LUZ PRÓPRIA - 13102014

Sinto o clamor do mundo
subir pelas paredes da casa
pedindo passagem de ida e volta
 
Um leve roçar
que tritura pensamento
derrete a geleira do sentimento
e se vangloria de dar o passo
maior que a perna
 
Um clamor
que assobia nas frestas
do tempo pra reverter o quadro
congelado nos domínios da consciência
 
E tudo isso acontece
na penumbra do ser
na letargia da vida
 
E agora resta tocar o comboio
sem olhar para trás e paginar o depois
com os resíduos do ontem
 
Me vejo ajustada
a essa era de luz própria
 
Dádivas que habitam
essa nave flutuante
 
Num giro apoteótico
coberto de gemas cristalinas
 
Que absorvem o brilho do tempo
e perpetuam os segredos
dessa esfera
zodiacal
 
Mimada pelas naves celestes
embarco e rodopio pelos salões celestiais
onde recebo os mais belos prêmios
 
Apólices poéticas
nas teclas dos meus concertos
 
Nety

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