Que penso eu nessa era
cercada de talentos por todos os lados
Um ir e vir de emoções cantantes
que transformam o meu pensar
Dão alento aos meus dias
e os tornam gentis
saborosos
nessa colheita poética
cheia de mistérios e fantasias
Nesse deleite alegórico
com cenas pitorescas
cheias de glamour
Me enlevo e chego à crista
do meu pensar e lá retiro o sumo brilhoso
de tudo que consigo alcançar
Não vou parar de olhar
para os lados dessa estrada
paginada de flores e também espinhos
que podem ser aparados
vez por outra
para que se convertam
em pétalas coloridas
e perfumadas
Que enfeitam o meu viver
e me ajudam a galgar
o pico das estrelas
E é por essas e outras
que esse enlevo torna magníficas
as ínfimas coisas
Parei no tempo para refletir
o que me assiste e o que me encarcera
e liberto as imagens mais cálidas
que encontro no meu repertório
tridimensional
Em cujas entranhas se instala o meu ser
provido dos mais altos arautos
que se possa imaginar
E assim conquisto meus ideais
com a serenidade da poesia
Que me faz crescer
Que me acrescenta
Que me empergaminha
para todo o sempre
Que me mumifica para a eternidade
para depois ressurgir das cinzas
feito uma fênix colorida
pelo astro rei
Transbordante de luzes e sons
que se articulam em frases delirantes
nessa era
Em que tudo se transforma
em busca de enlevos solidários
estacionados
em cada esquina do tempo
A hora é essa e ela tem pressa
de encontrar-se com o destino
de todos os tempos
Pressa de conduzir os pré-requisitos
para preencher o novo status
que permitirá o encontro
com fantasias
e devaneios do etéreo
Eu nada mais sou
do que pingos da memória
que teimam em cair
sobre o papel branco da história
com o afã de fazer dela
um compêndio
Extravasado de sentimentos
dessa era de bons fluidos
agregadores da minha pena
e que partem
com destino ignorado
Nety
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