quinta-feira, 22 de outubro de 2015
CARVÃO - 23092015 - CP
Um velho olhar sobre o carvão me remonta à vila de Arroio dos Ratos, que nasceu da exploração do ouro negro. A descoberta de um poço movimentava a população daqui e do exterior. Em 1880, a família Miller Hampe veio independente, com recursos próprios, para abertura de poços de carvão em Arroio dos Ratos. Era composta pela mãe Pauline Miller Hampe e os filhos Franz Xaver, Otto, Antônio e Berta, vindos da Áustria. Antônio e Otto eram engenheiros técnicos das minas de carvão e Franz Xaver trabalhava de operário. Instalaram-se em casas rudimentares em um só bloco, como proteção. Havia ali "cem almas"; trilhos de ferro para a mina e "vagons" puxados por animais e depois locomotivas. Já em 1892, mil almas e 200 casas. Consta que Antônio havia feito um mapa com desenho de um lençol de carvão de pedra que iria de Arroio dos Ratos a Santa Catarina. Talvez por esse motivo foram roubados os seus pertences em algum momento, entre os quais o mapa da mina. Nety.
HOMENAGEM AO PROFESSOR - 15102015
Quando o professor começa a ensinar no início do ano, seus alunos são apenas nomes numa folha branca de papel, mas quando ele se despede no fim do ano, parece que o professor lhes deu vida. Ao entrar em sua sala o professor transforma-se, esperando da plateia aplausos para o ator. São seres de alma pura destinados a educar crianças, jovens, idosos. 9.125 dias doados aos alunos sem pensar na carestia. Todos temos qualidades, que devem chegar ao papel. Do professor é a integridade, que o leva ao prêmio Nobel. Nesse dia do professor, que seja concedido o reconhecimento a esses maravilhosos seres humanos. Parabéns! Nety.
VERGONHA - CP/22102015
Estamos assistindo aos espectros da vergonha, que agoniza a passos largos no país, ou seja, a falta de dignidade, de brio, de honra de algumas pessoas. Mas há os que fazem da vergonha uma constante, um orgulho desse dote estocado na herança ancestral, que não se perde nos andares do pensamento e que desejam que a seriedade, a justiça e a vergonha na cara prevaleçam em todos os momentos e decisões da vida. É a tentativa de salvar o respeito e a honestidade do ser, do ter e do fazer. Consciência na interação com o mundo. Nety.
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
ORGULHO FARROUPILHA - CP/04092015
A Semana Farroupilha chegou e com ela as frases de poetas rio-grandenses: "Minha pátria é o pampa gaúcho. Meu Rio-Grande guapo! Quando te canto parece que a minha alma nasceu contigo; como aurora precursora do farol da divindade/foi o Vinte de Setembro o precursor da liberdade; gosto do cheiro do campo, do churrasco e do bom chimarrão; como gosta de gaita o meu cavalo parceiro! Se ele tivesse dedos nas patas, seria uma baita gaiteiro; na gineteada da vida, a gente cai e levanta; quanto orgulho trago na alma, sempre aguentando o repuxo. No dia que eu não aguentar mais o repuxo, que o Rio-Grande diga: lá se foi mais um gaúcho! " Nety.
QUERÊNCIA - CP/10092015
De onde vem o orgulho pela nossa terra? A nossa Querência tem origens, que qualquer guri vai achar. Tem cantigas, confiança no braço. O memorial do Rio-Grande tem histórias, causos e lendas. Era tal o amor pelo Rio-Grande, que o imigrante alemão João George Ehlers, primeiro pastor evangélico do Estado e segundo do Brasil, esteve preso sete meses na Capital, entre 1837 e 1838, por ser simpatizante dos farrapos. Amor pela nossa terra. Cantos da alma extravasados pelo universo sonoro dos instrumentos musicais, tais como o da acordeona. Delícias que enchem olhos e ouvidos. Nety.
GAÚCHOS - CP/18092015
Quem ama o Rio Grande vive a Semana Farroupilha do seu jeito, com orgulho pelas nossas origens, pois quebramos as fronteiras das letras: somos o verso dos poetas. Somos legais, hospitaleiros, divertidos, criativos, inteligentes, honestos, trabalhadores, prontos para ajudar, apesar de sabermos que "o preço do feijão, o funcionário, o operário de aço e carvão nas oficinas escuras não cabem no poema, porque não há vagas". "Patrão velho, muito obrigado, por ser lasca de uma saudade que veio lá do fim do mundo"! Levo tudo na minha carreta, enquanto"as bandeiras rio-grandenses tremulam nos mastros; os heróis barbudos saem dos livros de história e desfilam garbosos, multiplicados pelas avenidas. Os sulinos esperam o frio passar para assoviar em setembro. Hoje assovio baixinho o hino do pago, antes que a boca resseque e meus beiços virem cinzas". "Levanta, gaúcho!" - Nety.
120 ANOS - CP/01102015
Nos salões das lembranças, entre orquestras e concertos, o mundo parou para aplaudir o Correio do Povo, o jornal do Rio Grande do Sul que faz a diferença. "Quando se vê já são seis horas/quando se vê já é sexta-feira/quando se vê já terminou o ano/quando se vê já passaram-se 50 anos", escreveu Mário Quintana. E quando se vê já se passaram "120 anos" do Correio do Povo, cuja missão é a de vivificar palavras e registrá-las para a posteridade, com letras que entram nos sonhos como o elixir que a alma necessita. Um momento que entrará na história como uma bela página da vida lembrando conquistas, vitórias e grandes realizações. O tempo em direção ao futuro ornamentado, esperançoso, condutor jubiloso resvalando da mente a sabedoria vespertina, que desperta a alma para o alvorecer da vida. Parabéns! Nety.
ENLEVO - 09072015
Que penso eu nessa era
cercada de talentos por todos os lados
Um ir e vir de emoções cantantes
que transformam o meu pensar
Dão alento aos meus dias
e os tornam gentis
saborosos
nessa colheita poética
cheia de mistérios e fantasias
Nesse deleite alegórico
com cenas pitorescas
cheias de glamour
Me enlevo e chego à crista
do meu pensar e lá retiro o sumo brilhoso
de tudo que consigo alcançar
Não vou parar de olhar
para os lados dessa estrada
paginada de flores e também espinhos
que podem ser aparados
vez por outra
para que se convertam
em pétalas coloridas
e perfumadas
Que enfeitam o meu viver
e me ajudam a galgar
o pico das estrelas
E é por essas e outras
que esse enlevo torna magníficas
as ínfimas coisas
Parei no tempo para refletir
o que me assiste e o que me encarcera
e liberto as imagens mais cálidas
que encontro no meu repertório
tridimensional
Em cujas entranhas se instala o meu ser
provido dos mais altos arautos
que se possa imaginar
E assim conquisto meus ideais
com a serenidade da poesia
Que me faz crescer
Que me acrescenta
Que me empergaminha
para todo o sempre
Que me mumifica para a eternidade
para depois ressurgir das cinzas
feito uma fênix colorida
pelo astro rei
Transbordante de luzes e sons
que se articulam em frases delirantes
nessa era
Em que tudo se transforma
em busca de enlevos solidários
estacionados
em cada esquina do tempo
A hora é essa e ela tem pressa
de encontrar-se com o destino
de todos os tempos
Pressa de conduzir os pré-requisitos
para preencher o novo status
que permitirá o encontro
com fantasias
e devaneios do etéreo
Eu nada mais sou
do que pingos da memória
que teimam em cair
sobre o papel branco da história
com o afã de fazer dela
um compêndio
Extravasado de sentimentos
dessa era de bons fluidos
agregadores da minha pena
e que partem
com destino ignorado
Nety
domingo, 18 de outubro de 2015
SONHOS - 21022015
Prendo
o meu andar
Suspenso agita o meu pensar
sugere coisas que vão além
da atmosfera terrestre
Buscam sonhos
por trás dos panos
Me atrevo a sonhar sonhos
rebuscados de alegrias que me chegam
e saltam aos olhos
Sonhos iluminados pelos passos
gentis das madrugadas
Que soam entre as pregas desatadas
da insone existência
Incandescem as veias do sentimento
num desabrochar de promessas
e de luzes
Um giro que percebe
as fases do mundo
Contorna as horas de existência
com laços sem nós
Sopro nelas todo o meu bem querer
Contorno as horas para que voem
atravessem e estacionem
nos bons momentos
O sonho encheu de graça a existência
trouxe alento às horas mornas
Deliciou os dias sem tempero
Tornou o momento eterna alegoria
cheia de mágicas
Música das horas que movem o mundo
Esponsais
que recitam enredos
melódicos
Nety
o meu andar
Suspenso agita o meu pensar
sugere coisas que vão além
da atmosfera terrestre
Buscam sonhos
por trás dos panos
Me atrevo a sonhar sonhos
rebuscados de alegrias que me chegam
e saltam aos olhos
Sonhos iluminados pelos passos
gentis das madrugadas
Que soam entre as pregas desatadas
da insone existência
Incandescem as veias do sentimento
num desabrochar de promessas
e de luzes
Um giro que percebe
as fases do mundo
Contorna as horas de existência
com laços sem nós
Sopro nelas todo o meu bem querer
Contorno as horas para que voem
atravessem e estacionem
nos bons momentos
O sonho encheu de graça a existência
trouxe alento às horas mornas
Deliciou os dias sem tempero
Tornou o momento eterna alegoria
cheia de mágicas
Música das horas que movem o mundo
Esponsais
que recitam enredos
melódicos
Nety
DONZELA - 06042015
A noite feminina é veloz
e atravessa os tempos
Faz chamegos
se deleita
enfrenta
Divide luz e sombra
se comporta feito donzela
Se diz pura
se diz violada
se diz consolo
tudo na santa paz
E sem perceber
o coração amanhece
cheio de esperanças
Astral elevado e aposta
na corrida nacarada de luz
com brilho e pompa
A noite atiça o meu pensar
me envolve com seus segredos
e me impele a desvendá-los
E sem perceber ela chega
e sem perceber se bifurca
num acorde melódico
Estimulada pela grandeza
circunscrita neste pedaço de chão
que acolhe tempestades e bonanças
sempre no mesmo tom
Com realidades e fantasias
que se impõem a gregos e troianos
desde o mais remoto pensar
E aqui reverencio o poder
de sedução
Meus passos de sete léguas se alam
convergem ou se dispersam
em braçadas desiguais
Que não levam a nada
mas ofuscam com seu brilho próprio
toda a beleza contida no microcosmos
Um carrossel de ilusões a girar
em meio à realidades
destorcidas
A fonte secou e a pena tísica
perdeu o rumo da escrita
Nesse lapso de tempo engenhei
novas estratégias para repor
O pensar lúdico ou nostálgico
que existe em cada olhar
que se mistura ao olhar
do mundo
E com ele gira
Olhei para a vida
que fez companhia
Ao meu digno refrão e teima
em esconder o íntimo da alma errante
que soluça diante do espetáculo
Não vou me perder por aí
vou me grudar na tela da vida
extrair o que de bom ela encerra
Vou catar amoras cheirosas
e degustar seu sumo
Vou rastejar nos domínios da ciência
para encontrar o verdadeiro sentido
da permanência aqui nesse pago
E ilustrar o que acontece nessa era
É tarde eu já vou indo
à procura de não sei o quê
e se encontrá-lo aqui escrevo
E as obras da natureza
já não serão mais segredos
E sim
Mais um capítulo
dessa história imaginária
que traz deleite é hilária
e consagra não sei o quê
E assim
entra na história
Vou andar por aí
rastejar por aí até cair no sono
do esquecimento e sonhar
com astros flutuantes
A noite manipula meus pensamentos
e torna os meus dias grandiosos
Vou me abduzir e dar aos meus dias
toda alegria que desbanca
qualquer parada
Encantos da natureza
Nety
RODÍZIOS DE PENSAMENTOS - 11012015
Hoje me contento
em ler meus poemas
Arranjo-os da maneira
mais elegante que houver
Para que vibrem numa nota só
e repercutam pelas terras
mares e ares
Numa sinfonia pela qual
se regozijem os parceiros
na luta pela escrita
e pela leitura
De meus atos poéticos
Neste rodízio de pensamentos
que evoluem sem tempo
sem hora e lugar
Dou por encerrado esse discurso
cuja pauta notabiliza os poemas escritos
nesse mundo de Deus
E é daqui desse universo
num labirinto entre o dar e receber
que disponho minhas letras
Encarceradas em dogmas fáceis
de serem desmembrados
Na mais pura
solidão
Nety
em ler meus poemas
Arranjo-os da maneira
mais elegante que houver
Para que vibrem numa nota só
e repercutam pelas terras
mares e ares
Numa sinfonia pela qual
se regozijem os parceiros
na luta pela escrita
e pela leitura
De meus atos poéticos
Neste rodízio de pensamentos
que evoluem sem tempo
sem hora e lugar
Dou por encerrado esse discurso
cuja pauta notabiliza os poemas escritos
nesse mundo de Deus
E é daqui desse universo
num labirinto entre o dar e receber
que disponho minhas letras
Encarceradas em dogmas fáceis
de serem desmembrados
Na mais pura
solidão
Nety
QUEBRA-CABEÇAS - 22042014
Me atenho
aos olhos do amanhã
e rabisco perguntas sem respostas
a curto prazo
Encontro luz e sombra
nesse pestanejar
das horas
Ato cauteloso
em guarda
com os mistérios da vida
Fechados a sete chaves
nos cofres universais
Mas não me abalo
Sigo em frente
para encaixar esse quebra-cabeça
que domina o pensamento
e sacode a mente
Aureolada
pelos sonhos e fantasias
badalam noites e dias
e trazem benesses
nessas horas
Que sacodem o meu pensar
e abrem o meu dia
com chave de ouro
esparramando
louros e mais
louros
Nety
CHAMA DA NATUREZA - 26042014
Abas de luz
mantêm ideias e ideais
sob controle
Decidem estratégias
de como lidar
com isso ou aquilo
sopram prêmios
ou venenos
E assim
sem me dar conta
subo ou desço as ladeiras
do meu pensar
Às claras
a semente do verbo
cresce e amadurece
nesse adubo de luz
nessa chama da natureza
que aquece os tempos maduros
Abas de luz
êxodo das trevas
Mágicas transparentes
rodeando a mente
mantêm ideias e ideais
sob controle
Decidem estratégias
de como lidar
com isso ou aquilo
sopram prêmios
ou venenos
E assim
sem me dar conta
subo ou desço as ladeiras
do meu pensar
Envergo forças nesse clarão
Às claras
a semente do verbo
cresce e amadurece
nesse adubo de luz
nessa chama da natureza
que aquece os tempos maduros
Inalam rimas
Abas de luz
êxodo das trevas
Mágicas transparentes
rodeando a mente
Nety
CADEIA ESPIRITUAL - 31072014
Nesse vale
de lágrimas
cada suspiro inunda o meu ser
Calejado
pelas massas discrepantes
que ousam interferir
na pacata cadeia
espiritual
Que assinala
partidas e chegadas
a porto algum e colide
em becos sem saída
Tributos dengosos
carismáticos
que devolvem nuances perdidas
ao longo do caminho
A mim me interessa
o grau
de elevação
onde insiro o meu eu
com tudo
que me diz
respeito
O meu tudo
para que ali crie limo e germine
com a energia da madrugada
retida no meu ser
Nety
sábado, 17 de outubro de 2015
PLENITUDE - 02052015
Adeus a minha vida vivida
com disposição e alegria
de fazer dela
Um paraíso
Com momentos
de lazer
Com alegria de receber
bons fluidos
Emanar a todas as nações
Adeus a tudo que aconteceu
de bom ou não
Mas levando no coração
a plenitude do saber
Que envolve as horas
dias/meses/anos
Os séculos e milênios
estrada afora
com disposição e alegria
de fazer dela
Um paraíso
Com momentos
de lazer
Com alegria de receber
bons fluidos
Emanar a todas as nações
Adeus a tudo que aconteceu
de bom ou não
Mas levando no coração
a plenitude do saber
Que envolve as horas
dias/meses/anos
Os séculos e milênios
estrada afora
Nety
ARAUTOS - 27052015
O mundo
é um grande teatro
Com personagens
malabaristas
No show da vida
desfila o bobo da corte
Arautos
na corda bamba
Voam
anjos de Belém
na superfície molhada
da terra
destituída de guerras
Nety
ERA DE LUZ - 15062015
Tempo glorioso
de luz e paz
Pede a cada dia
que eu me insira no presente
cheio de surpresas e sabedorias
Para que receba
missivas de alto teor
que se espalham no tempo
conduzindo alegorias
Que vibram numa nota só
e se perpetuam
entre os laços eternos
E se prendem e se soltam
sem nenhum desvario
para mostrar
Toda a grandeza
contida nos anais da história
que se jogam de cabeça ao infinito
legando benesses de amor e paz
Nesses momentos em que a terra
anda para a frente e carrega
em seu bojo a esperança
Força que enraíza no ser
e com ele persegue o ideal
A felicidade
Nesse caminho que ora se contradiz
mas que chega num consenso
de muita luta
Com desejos que o mundo
seja um só
Para todo aquele que acredita
e com ele gira na busca
de ser pleno
Num elo entre tudo que o rodeia
e cintila em todas as direções
Somos partícipes dessa era de luz
que traz em seu bojo
astral elevado
Para superar os percalços
que se impõem ao vivente
O ser se desmancha e as estratégias
se multiplicam até colidirem
com a resposta
Convertendo-se em bem comum
com resíduos alinhados
e gentis
Nety
ALMA NOVA - 07072015
Neste meu caminhar
deito flores pelo chão adormecido
Quebro esquinas
delineio meus passos
Agrego pensamentos
mil e uma conjecturas
E assim bordo as esquinas
rubrico meus passos
lerdos ou rápidos
Agrido meus olhos
com as agudezas do caminho
Nessa maratona
me desfaço das fantasias
englobo alegorias
me vejo nascendo
a cada dia
Me encosto na relva
e resolvo mistérios
dissolvo angústias num mar
de rosas
E aqui me faço entender
e sem perceber
começo vida nova
Alma nova
nova manhã para me ver no topo
das constelações
No espelho do tempo
projeto minha vida
minhas alegorias
Nety
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
DIAS MAROTOS - 17082015
Nesse abismo inconfessável
de artimanhas mil
Desenho todos os trejeitos
dedicados ao meu canto
Envergo força e fé
nesse caminhar
Sem partida nem chegada
Sem ordem e sem ritmo
nessa escalada onde os percalços
deixam muito a desejar
As dobras do meu destino
se abrem e se fecham feito asas
de passarinho a balançar
nos galhos
Dança aeróbica de flor em flor
Toques coloridos num dar e receber
a espreguiçar nos ninhos
Dias marotos que se estendem
correm em desabalada carreira
com receio de perder-se
Avançam sem remorsos
e mostram que o efêmero
é desprovido de retorno
O meu caminho é bordado
por flores e espinhos
Belezas que se dobram
aos encantos dos dias
trazendo sabedoria
E tudo que há de bom
O chão onde piso amacia
e massageia os meus pés com óleo
relaxante da paz
Me jogo de cabeça
no campo da meditação
onde reluz o ouro
com seu brilho
próprio
Em cada olhar ecoa a emoção
mesclada à imaginação
Com lances
da eterna poesia
Durmo e acordo
num mar de emoções
em busca de mais e mais canções
para ninar os seres tão abatidos
pela negligência neste planeta
Peço permissão para entrar
no mundo das emoções
guardado a sete chaves
Inspiração/imaginação
no mundo da criação
onde o céu da noite
Cobriu minha alma
de artimanhas mil
Desenho todos os trejeitos
dedicados ao meu canto
Envergo força e fé
nesse caminhar
Sem partida nem chegada
Sem ordem e sem ritmo
nessa escalada onde os percalços
deixam muito a desejar
Barreiras intransponíveis
feitas a ferro e fogo
Em cujos pés se aninham
e dali não se retiram sem dolo
para pousar noutro ninho
As dobras do meu destino
se abrem e se fecham feito asas
de passarinho a balançar
nos galhos
Dança aeróbica de flor em flor
Toques coloridos num dar e receber
a espreguiçar nos ninhos
E o que resiste
são os apelos amorosos
do que se vai e do que fica
sem entender
Troca de augúrios de felicidade
Sonhos expostos aos luares
medievais ou modernos
que persistem
Nas alamedas do tempo
enriquecidos pelos traços gentis
das madrugadas
Dias marotos que se estendem
correm em desabalada carreira
com receio de perder-se
Avançam sem remorsos
e mostram que o efêmero
é desprovido de retorno
Não dá para segurar os dias
que correm sem ao menos
olharem seus feitos
Um caminho sem volta
que deixa lembranças
agradáveis
ou não
Quimeras de um porvir
feito de esperanças
O meu caminho é bordado
por flores e espinhos
Belezas que se dobram
aos encantos dos dias
trazendo sabedoria
E tudo que há de bom
Recheio o meu caminho
com as benesses que encontro
e transformo em bênçãos milenares
O chão onde piso amacia
e massageia os meus pés com óleo
relaxante da paz
Recobro minhas energias
cada vez que minha pena se desloca
na folha branca do tempo
Onde coloco tudo
que me vai na alma
e o que me emociona
Me jogo de cabeça
no campo da meditação
onde reluz o ouro
com seu brilho
próprio
Em cada olhar ecoa a emoção
mesclada à imaginação
Com lances
da eterna poesia
Durmo e acordo
num mar de emoções
em busca de mais e mais canções
para ninar os seres tão abatidos
pela negligência neste planeta
Deleto minhas angústias
e ressalto as bonanças
Coisas boas daqui onde o tudo
parece um nada e o nada
parece o tudo
Peço permissão para entrar
no mundo das emoções
guardado a sete chaves
Inspiração/imaginação
no mundo da criação
onde o céu da noite
Cobriu minha alma
Nety
QUEBRA-CABEÇA - 22042014
Me atenho aos olhos
do amanhã
Rabisco perguntas
sem respostas e me deparo
com perguntas e respostas
a curto prazo
Encontro luz e sombra
nesse pestanejar das horas
que me dão um ato cauteloso
em guarda com os mistérios
e segredos da vida
fechados a sete chaves
nos cofres universais
Mas não me abalo
Sigo em frente
para encaixar
esse quebra-cabeça
Que domina o pensamento
e sacode a mente
aureolada pelos sonhos
e fantasias
Que badalam nas noites e nos dias
e trazem benesses
nessas horas
Que sacodem o meu pensar
e abrem o meu dia com chave de ouro
esparramando louros
e mais louros
do amanhã
Rabisco perguntas
sem respostas e me deparo
com perguntas e respostas
a curto prazo
Encontro luz e sombra
nesse pestanejar das horas
que me dão um ato cauteloso
em guarda com os mistérios
e segredos da vida
fechados a sete chaves
nos cofres universais
Mas não me abalo
Sigo em frente
para encaixar
esse quebra-cabeça
Que domina o pensamento
e sacode a mente
aureolada pelos sonhos
e fantasias
Que badalam nas noites e nos dias
e trazem benesses
nessas horas
Que sacodem o meu pensar
e abrem o meu dia com chave de ouro
esparramando louros
e mais louros
Nety
ERA DE LUZ PRÓPRIA - 13102014
Sinto o clamor do mundo
subir pelas paredes da casa
pedindo passagem de ida e volta
Um leve roçar
que tritura pensamento
derrete a geleira do sentimento
e se vangloria de dar o passo
maior que a perna
Um clamor
que assobia nas frestas
do tempo pra reverter o quadro
congelado nos domínios da consciência
E tudo isso acontece
na penumbra do ser
na letargia da vida
E agora resta tocar o comboio
sem olhar para trás e paginar o depois
com os resíduos do ontem
Me vejo ajustada
a essa era de luz própria
Dádivas que habitam
essa nave flutuante
Num giro apoteótico
coberto de gemas cristalinas
Que absorvem o brilho do tempo
e perpetuam os segredos
dessa esfera
zodiacal
Mimada pelas naves celestes
embarco e rodopio pelos salões celestiais
onde recebo os mais belos prêmios
Apólices poéticas
nas teclas dos meus concertos
Nety
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