A beca de cão
cai de cara no chão
Lambuza no cio sem medo
e o arremedo da ilusão de ser amado
doma a dona
Danada dama
cai em cima do patrão
Catei no lote o calote do caloteiro
calei
Plantei violetas vasculhei
o calo e rezei
Praguejei e gritei furibunda e louca
ao ranger os fios da teia negra
da cor da pele
Chorei e aguardei o pranto
secar e o calote passar
Tomo água
meio tonta fico zonza
enlouqueço me aqueço me gelo
Nesta viagem sou mera fera
na esfera de luz deste momento louco
doido doído que jorra em cascata e me seduz
O arco feito pela mão firme
escorrega faz pirueta
Salta ginga despedaça e no acaso
do vento do tempo
Quebra o compasso atropela
a harmonia
Invade a sensatez se desprende
do fórceps e saúda vocês
E como olhar e não ver
escutar e não ouvir
falar e não sentir
Palavras sons ecos
viver e não sonhar
Cantar e poetar cair e levantar
nesta maré que revela a espera
de ser de amar
E como falar desta tal
que tem sinal do colar
Ouve estrelas arremessa gargalos
encharcados de poesia
Tem segredos guardados no baú
sem desvendar o verbo maluco
caduco
De falar doideiras e delírios
de paixão
Histórias memórias ventando
harmonia
Encontram verdades de mim
de outrora
No torvelinho do tempo
desgalha saudades
Despedaça horas se dissolve
no tempo
Dispersa garoa manda mensagens
mapa mundi de todas as galáxias
de poetas anônimos
Que importa
se a porta escancara e bate na cara
cruel e fria
No desamor da partida
rejeita idéias
de balaios mofados
encharcados
De segredos malversados
malamados
ensacados de ilusões
Que importa
se a cara metade não fala
a verdade.
G/Z/MH e Nety Maria Heleres Carrion
Um comentário:
Ai Nety,
adoro te ler !
se pudesse, ficava aqui o dia todo absorvendo tuas letras, me enredando nesta teia mágica de fazer magia c/as mãos...
C/saudade de ti te desejo Feliz Páscoa junto aos familiares.
(\/)
(..) Bjs. Zaira
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