quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ventre da noite - 20042010

O voo reluzente da nave submersa
ecoa no presente e dá sentido às preces

Asas abertas acolhem
o rumor da oblação

Restolho parasita dos tempos
inseridos nos molhes bentos
nas horas canônicas

Sais do ébrio cantor espalham
aroma de poesia na ardente terra

Bolhas quebradas na escuridão
das horas despencam na oratória
dos tempos

O mundo reboca segredos
no ventre da noite e ancora no cais
da saudade

Magias tecidas com o fio do destino
vestem a poética das horas

Nety Maria Heleres Carrion

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