A serenata grisalha cai
na alma e traduz sonhos
Redemoinha
os lábaros reversos
revividos nos encontros enxaguados
pelo pranto
Cubro meu corpo com as vestes
do amanhecer e retorno às poéticas
lides para dar cor às emoções
que embalam o universo
da mente
Visto o véu da inspiração e me atolo
no mar piscoso da serenata
retida nos tempos
prestes a evoluir
do pensamento
Não sei o que faço
nessa era de espetáculos sombrios
onde me vejo assobiando
serenata grisalha
por entre as falhas
do tempo
Zelo pelo sossego do belo esconderijo
onde me prostro nos cantos e revolvo
os guardados espontâneos da pena
que escorre luz e incendeia
os universos nos recintos
espelhados das veredas
do pensamento
Nety Maria Heleres Carrion
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