quarta-feira, 14 de abril de 2010

Serenata grisalha - 130410

A serenata grisalha cai
na alma e traduz sonhos

Redemoinha
os lábaros reversos
revividos nos encontros enxaguados
pelo pranto

Cubro meu corpo com as vestes
do amanhecer e retorno às poéticas
 lides para dar cor às emoções
que embalam o universo
da mente

Visto o véu da inspiração e me atolo
no mar piscoso da serenata
retida nos tempos
prestes a evoluir
do pensamento

Não sei o que faço
nessa era de espetáculos sombrios
onde me vejo assobiando
serenata grisalha
por entre as falhas
do tempo

Zelo pelo sossego do belo esconderijo
onde me prostro nos cantos e revolvo
os guardados espontâneos da pena
que escorre luz e incendeia
os universos nos recintos
espelhados das veredas
do pensamento

Nety Maria Heleres Carrion

Nenhum comentário: