sábado, 3 de abril de 2010

Coqueluche das horas - 03042010

Do nascente ao poente enfileiro rimas
para rimar com pontos extraviados
nas matas virgens das idéias



No encalço das rimas os percalços
barram meus passos



Rolam tempos de sonhos robustos
na gruta do pensamento



Encaro tudo que vier com a polidez
que me rodeia e semeio frutos
que adoçam freguês guloso


Venha de onde vier o verso
será alvo de aplauso

Átomos silábicos se chocam
entre rimas e despencam
no verso

Brincadeira silábica na coqueluche
das horas incorpora e festeja entrada
nos versos com os fogos
da emoção


Não revelo o neurônio que habita
o meu erário



Estão secretos e só serão descobertos
quando sílaba e rima escaparem
do meu esconderijo



Neurônios e versos tem ligação
íntima e despertam no universo
a paz que foge ao controle



Ligam emoções e mergulham
nas canções poéticas


O sono me passou
a perna e me deixou
palerma

Paguei mico
nesta noite rica em que o mundo
fica a girar
de pernas pro ar e balança as idéias
congestionadas
no retrovisor da mente

Mundo insone e louco
mundo magnífico

É o grito da noite
que destelha mente e não vê saída

É o regalo
do cantar do galo
que anuncia sono extraviado
nas cortinas da noite

É o cantar do galo
que libera poesias virgens
aos filhos do mundo




Nety Maria Heleres Carrion

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