domingo, 12 de outubro de 2008

Amarras da paz - 141207

Amarras da paz
presas às garupas dos desejos
imolam vestes na página tempestuosa
que agride semáforos
do oculto canto
Celeiro secreto
no aconchego da alcova rebelde e suada
nos mares gelados

Desnudo o amanhã e dedilho
acordes vazios

Espanto o tédio
no coração amarrotado

O espelho reflete ideias
na sequela do tempo

Denigre o tom
na magreza das ruas

Mazelas
que abortam aquarelas

Rodopios dos desafetos
gerados no castiçal do espanto

O sino badala
as carícias do tempo

Sais das horas refrescantes
que consomem auras
nas bordas do afogado refrão
Nety Maria Heleres Carrion

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