O desvario me toma me soma
para prantear o coma das horas
dispersas nas gotas
para prantear o coma das horas
dispersas nas gotas
do pensamento
Borbulha em cascata sideral
toma forma espectral
luz calor frio geada
nuvem vapor
Exaure cascatas esfomeadas dilúvios
em cadeias briosos hospedeiros
dos mananciais repletos
de ondas poéticas.
Exaure cascatas esfomeadas dilúvios
em cadeias briosos hospedeiros
dos mananciais repletos
de ondas poéticas.
Cruza na selva asfáltica a touceira
mediana troca estranhos pensares
Pesares de gordura cotidiana
que enlaça alma estrábica
Grunhido ensaboa o pranto ecoa
no vendaval da história curtida
nos tempos dispersos
Serpenteados nas trevas da ilusão
retinem revoada de oblações
Cortam auras juvenis com o fio
que borda o tapete florido
da paz
Dançam nos ares aos pares unindo
a seiva colorida que acende
a balada dos deuses
Num eco de luz enxágua
sentimento.
Hoje eu quero a rosa mais linda
para lançar nos caminhos
do coração
Despetalar
dividir cruz
Estrada na rota harmoniosa
do amor
Quero a rosa genética
nos caminhos da sorte
A noite passou e deu as costas
ao andar poético e lançou trevas
no coração da aurora
Buscou sementes adormecidas
nas covas e burilou os brotos
da criação com as pérolas
raras da inspiração
Perdidas na imensidão do pensamento
que reborda as bordas
da vespertina noite
O grito da noite fere os ouvidos ávidos
do dia e entreva a couraça do sono
do dia e entreva a couraça do sono
com a mudez pálida
do canto lírico
A brisa bem de leve roça
o rosto na roça da solidão
A brisa bem de leve encaracola
os fios da esperança com o gume
do amor
A brisa bem de leve transita
nas cores do amanhã solitário
A brisa solitária esquenta
o fogo da ilusão
No chão do coração gesta o grão
da saudade com o humo caramelado
da fantasia
Preso ao cordel que imanta
as quimeras da poesia
Enrolado no lençol da madrugada
o sonho precipita-se no vazio
da ilusão e sobe a torre
angelical florida
Onde bailam fadas gnomos
duendes num só compasso
Nos cantos da aurora explode
hino à criação
No calvário do tempo o pensamento
despedaça e caça o tédio que desabriga
mente e dispersa memória injetada
pelos silvedos espinhosos
da ilusão
Desencadeia a lucidez do amor
que ostenta a chama
da consciência
Imolado em panos quentes
sopra o sopro do amor embebido
nos faróis cadenciados
de ardentes canções
Nety Maria Heleres Carrion
Debulha frio e calor em louvor
ao cupido que apita tríduo
nos anais do amor
No calvário do tempo o pensamento
despedaça e caça o tédio que desabriga
mente e dispersa memória injetada
pelos silvedos espinhosos
da ilusão
Desencadeia a lucidez do amor
que ostenta a chama
da consciência
Imolado em panos quentes
sopra o sopro do amor embebido
nos faróis cadenciados
de ardentes canções
Nety Maria Heleres Carrion
Um comentário:
Amei,Nety.Amei.
Ao ler tuas palavras tenho a impressão de te olhar por baixo da pele,dos pensamentos, de te descascar. Ler teu texto é sair de si.
Lançaste a semente e o terreno é fértil.Parabéns.Bjkas. Zaira
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