Escrever é um ato de generosidade, onde o ator busca a arte das artes para consolidar obra surgida do nada. Atravessa os canteiros da mente e laça as palavras que estão pelos caminhos, pois o espaço carece de recheio poético submerso nas rochas da imaginação. É preciso respirar o mesmo ar da escrita, que revoluciona a mente e se desdobra em mil e uma faces. O poeta quer versos debutantes nesse mundo controverso, com ecos do porvir recém-nascidos, em trajes imperiais virgens, acenando nas horas servis da poesia. Quer alisar o pensar para que se volte vidrado na escrita e derreta o gelo da vida. Semeia o que resta no humor do tempo e distribui sementes com o DNA das eras, embalsamadas na emoção. O escritor e/ou poeta é todo ouvidos aos apelos sorridentes do mundo, lançando obras bíblicas e profanas no cenário festivo da Feira do Livro de Porto Alegre. CP - Nety.
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