domingo, 5 de janeiro de 2014

Águas do tempo - 26082013

O choro consome os dias
atribulados e vazios

Águas que deságuam no mar
encrespado de problemas
sem solução

Sem amparo e sem guarida
no dia a dia as águas resfriam ilusões
e deixam para trás gotas machucadas

Caminho sobre as águas do tempo
sem desligar-me do relento

Sozinha neste rio de lágrimas
sem destino
sem pousada
sem alicerce que desvie
esse líquido precioso
para um lugar mais ameno

Sozinha
com encargos superiores ao ser
viajo no papel da mente onde registro
o meu pensar

Viajo
à procura de um ancoradouro
que receba todas as gotas de emoções
nesse desaguadouro

E aqui me despeço
tingindo a folha branca
com as cores do pensamento

Nety 



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