O voo reluzente da nave submersa
ecoa no presente e dá sentido às preces
ecoa no presente e dá sentido às preces
Asas abertas acolhem
o rumor da oblação
o rumor da oblação
Restolho parasita dos tempos
inseridos nos molhes bentos
nas horas canônicas
Sais do ébrio cantor espalham
aroma de poesia na ardente terra
aroma de poesia na ardente terra
Bolhas quebradas na escuridão
das horas despencam na oratória
dos tempos
O mundo reboca segredos
no ventre da noite e ancora no cais
no ventre da noite e ancora no cais
da saudade
Magias tecidas com o fio do destino
vestem a poética das horas
Nety Maria Heleres Carrion