que se misturam e se entrechocam
nas alamedas do universo
Respinga suor prateado
pelas avenidas opacas
e por elas
Amontoo meus passos
Me dê as flores da vida
carinho e mão amiga
no envelhecer
das horas
Nas vias celestes
o sinal de todas as virtudes
se estende de A a Z
Repercute em todas as áreas
da imaginação
Bençãos sobre os degraus imaculados
das ondas cristalinas
Natureza que se debruça
sobre o mais ínfimo ser
Magnitude real dos concertos líricos
que envolve os pertences da alma
em dias de festa
Beleza etérea
Óbolos da esperança
Pequenas coisas da vida
que consagra os dons
Força do cosmos
Coração e liberdade de expressão
na quietude das palavras
Oceano de emoções
que subjuga pensamento
Glória
da inspiração
O mundo
é um grande teatro
com personagens
malabaristas
No show da vida desfila
o bobo da corte
Arautos
na corda bamba
Perfumes da madrugada
Noite almiscarada por ensaios
com visões novas ou idas
Carregam consigo
o ardor dos tempos
e se projeta
Feito sombra na calçada
amassada pelos passos febris
da madrugada
Do lado de cá as águas da poesia
compõem cenário de festa
aberto ao diálogo e ao riso
Cantos da natureza
que revigoram
os dias soltos na mansidão das horas
onde desliza a mão suprema
pelas cabeças pensantes
Abençoa seus passos com a esperança e a fé
que existe nos ares da inspiração
Luzes que ornam o saber
dos magos e ofertam riquezas espirituais
aos pés do mundo
Saúdam esse enredo poético
com ações calorosas
Dádivas de amor e paz
nos caminhos
da solidão
No meu recital poético
deslizam sambas e canções
renascidos das cinzas
Vestem-se com as cores
da primavera
Estreiam
entre aplausos
e vaias
E tudo é festa
quando os olhos desatam palavras algemadas
pela pausa prolongada
Que congela os sentidos
No apogeu da liberdade
a literatura renasce em mim
Cena que desperta mensagem
com padrão isolado dos demais
E eu aqui sem saber
para onde me dirijo
A sonâmbula noite esparge segredos
nas telas do dia
Exala hálito perfumado
nas paragens do amanhecer
Dia claro ou sombrio
retrata os brios das aquarelas
Recantos virtuosos da mente
veladas pelo aconchego que se contrai
ou se expande sem sinal de cansaço
Reforço perene de bem estar
no espelho das horas
repleto de humor
aquoso
Espaço redondo do pensamento
diluído no comboio da alegria
Coisas simples
da natureza
Como pode um poeta
viver fora da poesia
E deixar de orquestrar suas rimas
Um poeta que dá corda
anima e orquestra os poemas
pelas veredas da natureza
No meu céu
o mundo da poesia palpita
com vozes do pensamento
Liberta sons clandestinos
que residem nos tímpanos da aurora
Ascende o fulgor das eras
e os arrepios da emoção
Fulgura
por entre as ruas da inspiração
e se projeta no universo
da alma
Em dias de festa
Nety
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