Os tempos mudam
são outros
tempos
dentro de um tempo
que não volta
mais
Tempos de lembranças
jogadas ao léu
sem previsão que o céu da alma
possa dar opinião
Sopro de vida
que se esvai
na ânsia de agarrar
a corda bamba da maturidade
que desfia emoções
que desata os nós cegos dos anos
criados num labirinto de ideias
desencontradas
Falhas de um tempo
criado ao sabor do vento
destronado
largado
ao deus dará
Desdobro
o pano da vida e nele aconchego
minhas raízes
meus engodos meu sossego
E a sobra
embrulho nos castelos
dos sonhos
para que me devolva uma fração
desse ópio
para ser acarinhado
Tempo lúdico
lírico
que se me apresenta
feito lembrança e dispersa
e cresce dentro de mim e ilumina
o meu pensar
Dá toque
no meu querer
no meu fazer e me empurra
sempre para a frente
Nety
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