segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Seção de Autógrafos 2009


Serviçal da poesia



Cavoco sentimentos
Pra massagear meu ego

Não nego nem renego
Os instrumentos que me fazem
Rir ou chorar com inventos
Que me dão arrego nos abismos
Carregados de luz

Derreto as horas congeladas
No silêncio da madrugada e aparo
As gotas que driblam o momento

Cego o cérebro percorre vielas
Ate o portal das noites que decifram
Contos amassados no ritual
Majestoso do sonho

Volto e me debato nas teias
Alicerçadas no pensamento

Fito ocultos momentos e sinto o gosto
Do verbo que habita a mansão do saber

Tateio sombras e luzes
Faço figas e cruzes
Abuso das rimas e conserto
Minhas elegias

Sou serviçal da poesia

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