quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Calvário da noite - 231109

O assoalho do pensamento
está machucado pelas asperezas
da sola gananciosa
que a escola enrijecida apregoa
na rotina dos dias

A tocha da ilusão incendeia
corações que deslizam
na passarela da paixão

Espreita os caminhos
da verdade

Esconde o calvário da noite na garrafa
das lembranças e joga nos destroços
sem ida nem volta

Escolho o som da natureza
que resvala nos condutos
perfumados da existência e se une
ao balanço ritmado dos trejeitos
amendoados da emoção
crescida nos arrabaldes

Nety Maria Heleres Carrion

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