A lua dos meus desejos
exala luares milenares
se embola na tela
do firmamento
se faz filete
faz chorar
faz sonhar
faz sorrir
faz chorar
faz sonhar
faz sorrir
A lua dos meus desejos
esconde a face e vira mistério
esconde a face e vira mistério
A face da hora
devora a roda da vida e atrofia
devora a roda da vida e atrofia
o esplendor dos tempos.
Um chão de forças
evoca sons e imagens
no palco da vida
Dissipa os ventos da solidão
traz consolo agita o andar
é rochedo e aguarda
o sinal para passar
Um chão de forças tem partituras
de fé e ramalhetes de emoções
curtidas na pele pelo frio
pelo sol e pelo sal
do tempo
Escuta e modifica ecos e sons
nomes e verbos
Ondula
olhos e boca
olhos e boca
Indaga e se afoga
Entre alicerces e torres
Um chão de forças desembrulha
sombras humanas atadas
aos cordões de um tempo
que não houve e conversa
com o hoje e o amanhã.
As ruas do meu destino
marcadas pelo tempo
são conselheiras
na solidão
na solidão
Desafogam credos
temores e ansiedade
Nas ruas do meu destino
hibernam sentimentos
sonhos e fantasias
sonhos e fantasias
idéias e ideais
As ruas do meu destino
gastas ou ainda cruas
mastigam falas
ocultam segredos
disparam milagres.
A madrugada bizarra
voa
em busca do nada
Fala ao vento
numa comunhão cósmica
com hospedes que incendeiam
com hospedes que incendeiam
o universo da mente
Bruma sonolenta
sacode o coração
aos tropeços
Passos falsos
num chão de arabescos.
num chão de arabescos.
Nety Maria Heleres Carrion
Um comentário:
Q lindooooo, Amigaaaaa !
A tua poética destila os sentimentos retirando o sumo. Frases curtas, palavras lapidadas. Perfeito !
Zaira
Postar um comentário