quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Noites de cristal dois - 260907

Tom brejeiro adocicado no mel dos insossos
tempera o gosto cristal da têmpera
que desponta na ampulheta

Brinca e cobre de poesia
hiberna na treva da inspiração
reacende o farol
da alegoria

Sabor poético
no véu da criação.


Na trama
colho rasa rama
que rebenta nos botões da mente

Sussurra dedilha flamas
pichadas de pigmentos machucados

Estende braços abraça
dá graças quando ele passa
na praça dos desejos ordeiros

Poemas da era noturna
no aconchego gustativo ressoa
lépido nas dobras do pensamento

Versos sapateiam nos sonhos
colcheteiam clarins e trançam rimas.

Nety Maria Heleres Carrion

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