quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Cordas elásticas - 021108

O balofo rosnar de emoções
despe a luxúria das horas e semeia
os grãos da saudade
no humo corado do tempo

Rejeita cisco disforme
no deleite mapeado no sono rubro
da pernoitada aurora que cavalga
no pelo acre do mundo

O sal do mal pernoita na viela
da solidão e jaz nas ondas sonoras
da imaginação
plagiada no teto lírico
da inspiração

Visto meu tempo de recordação e descasco
arestas puídas com o gume colorido
do sentimento

Sento os olhos no balanço sonoro
do sono e dedilho a harpa gasosa
com as cordas elásticas
da imaginação.

Nety Maria Heleres Carrion

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