Dançam águas nos gelados ares
da inspiração
da inspiração
Solta desfia-se e solta o lacre da imaginação
crepita e abre
a poesia
com madeixas sonoras
Pomba na calçada
cisco migalhas de poesias
Nutro eras de alegorias
tiro o chapéu
dou graças
sou menestrel da alegria
Essa trilha dedilho e dedico às multidões
que dobram a esquina
Acendo velas do pensamento
reacendo perfumes
Nesse entrevero entrevejo o bamboleio
dos acordes da fama
Quando passo na palhoça
súditos parceiros exaltam obreiro
de alma crua
na tempestuosa rua
Tom brejeiro
adocicado no mel dos insossos
tempera o gosto cristal da têmpera
desponta na ampulheta
brinca e cobre a poesia
que hiberna na treva
da inspiração e reacende
com o farol da alegoria
o sabor poético
Desligo o véu da criação
na trama colho rasa rama
que rebenta nos botões da mente
Sussuro
dedilho flamas pichadas
de pigmentos machucados
Estendo braços e abraço
dou graças quando passo
na praça dos desejos ordeiros
Poemas de era noturna
no aconchego gustativo e lépido
das dobras do pensamento
Versos sapateiam nos sonhos
colcheteiam clarins e trançam
rimas.
Nety Maria Heleres Carrion
Um comentário:
Mamy,
Como sempre, és motivo de orgulho para teus filhos.
Parabéns pela iniciativa do blog e por teus belos poemas.
Grande beijos,
Maria Angélica
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