terça-feira, 15 de março de 2011

Nichos de sonhos - 13032011

Nessa hora perdida
em nichos
cobertos de sonhos
disparo o alarme
da consciência
que extrai sabedorias
no refúgio alto
da noite

Nessa hora onde a ventania
sopra os males
para dentro
e para fora do peito
o ser se esvai
em lamentações

Que se juntam
ao pensamento
e se elevam
nos recheios dos sonhos

Não dá para desviar
as desditas

Muros altos
se contrapõem às cascatas
nebulosas

Que desencadeiam
torvelinhos de emoções
guiadas
pelo bom senso
instalado
nas porções da vida

Estoques de ilusões
pelas sendas abertas
na escuridão
do tempo

De nada vale
o pensar roto
sem começo
nem fim

O que vigora
é o retrato colorido
das estações da vida
onde o louro
é ouro
e é sol
que descortina
e clareia os tempos

O que vale
é o maná da esperança
que perpassa
as portas do sentimento

O que vale
é o hálito redondo
da paisagem
revestido de lauréis
que acenam ao mundo
esfarrapado

Quero o verdor dos tempos
registrado
nos livros da fantasia
assediando às mentes
com fluidos regeneradores
refletidos na arena
das idéias

Nety Maria Heleres Carrion

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