segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O céu é o limite - 24012011

Quase
que a noite me atropela
se não fosse o alerta do mundo
que me quer sempre alerta
ao que ocorre ao meu redor

Quase
que o céu desaba
com multas e sentenças
sobre o chão escorregadio
do pensamento

E aos pedaços
junto meus trapos
para que a noite não me encontre
aos farrapos e mande mensagem desvirtuada
do meu eu

Envido esforços
para que nada nada
me pegue de surpresa e jogue na mesa
minhas alegrias ou fracassos

Enfrento
de pé essa dureza
junto pedaços de histórias
coloco os pingos nos is
para que a noite me acompanhe
na jornada e carregue
meus sonhos e fantasias

Concentro
meus passos em busca do espaço
destinado às preces
que sobem aos céus e retornam
agraciadas por bênçãos

Convoco céus e terras
num elo de oração

Recebo óbolo
reparto em mil pedaços e peso cada ato
para que de fato
surta o efeito desejado

Me desarmo
da cabeça aos pés
para que tudo flua com sentimento e fé
e nada nada se perca por entre arestas negativas

Derreto o gelo ao longo do caminho e rego
o chão do mundo com mil gotas
perfumadas

Nessa jornada poética
acredite

O céu é o limite
 para todo aquele que sai pelo mundo
da fantasia e gagueja nas letras
até chegar ao verso sem receios ou medos
em busca de respostas
para seus devaneios

Nety Maria Heleres Carrion

Um comentário:

Anônimo disse...

Post interessante neste blog, textos assim dignificam aos que ler aqui !!!
Faz maior quantidade do teu blogue, aos teus visitantes.