que impelem o meu pensar
para fora do meu eixo
Invisto
nas fantasias e segredos
que estão a fim de mim e se dobram
à magia da coerência
Me volto
aos mistérios
que revelam conteúdo
Me posiciono no vértice da verdade
para não julgar e ser julgado
pela perícia despreparada
Nos corredores do mundo
verso cada verso com a polidez que me acompanha
na corrida pela verdadeira arte
Trafego pelas sinuosas ruas da sabedoria
para que esse bom senso
não deixe marcas destorcidas
nos caminhos
Não traço planos
mas aceno para promessas
que conduzem a bom termo
Envido esforços
para que o certo esteja certo e não despenque
em contradição
O pouco que sei registrei em ata
que retrata
que retrata
meus passos na calçada
O pouco que sei poetisei
para que não se apague
na lufada do vento
O pouco que sei é pouco
mas me basta para quirelar minha jornada
espiralada no tempo
O pouco que sei
poderá ser quase nada se o perder
nas esquinas do tempo
O pouco que sei pode não ser tão pouco
que não possa ser captado
pelas páginas da vida
Viro
desviro a noite e solto o verbo
como quem não quer nada
Saio
a procura do nada e nada encontro
a não ser
o soldo da noite em claro
Nety Maria Heleres Carrion
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