terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ombro da noite - 050808

Dos meus lábios brota a censura do labor

que desperta na criatura
o incenso que renova a perícia esbelta
do troféu reconciliador da paz




No letreiro da bondade

rasga o cetro de luz
travestido de lobo em pele de cordeiro




Na fachada do tédio

gira nas esquinas dos versos
enlaçado nas vozes da emoção



Símbolo esmaltado nas garoas

do sono
retalhos do vento




Noite na cachoeira estrábica da hora

descalça a roda da vida
embolsa tédio no asfalto sinuoso
da esperança



Luto corado da orgia despenca

no sopro da aurora.



O caldo da hora resvala

no ombro da noite e acavala
a garupa do tempo.




Nety Maria Heleres Carrion

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