terça-feira, 4 de novembro de 2008

Antídoto - 031007

Meu último poema brilhará
no ares e nas crespas ondas
dos mares soará feito hino

Conterá maduros elos nas liteiras
das idéias e os castelos estarão desprovidos
de caos e desenganos

Meu último poema terá devotos
que sanearão o mundo
com a poesia
que sustenta e dá arrimo

Meu último poema permanecerá
como antídoto e viverá
nos sábios corações
antes e depois de dobrarem
a esquina da sorte
sem cortes
ou entorses

A esquina do éden
onde brota o germe do amor
aquecerá e iluminará
passos lentos sedentos
de fé e de paz

Meu último poema borbulhará
nas brancas nuvens e ascenderá
com mandamentos
de carinho e cuidados à Terra
para que as gerações
permaneçam num mar
de maravilhas
até dobrarem
a esquina.

Nety Maria Heleres Carrion

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