O manto da terra é umedecido pelas gotas da memória, que se precipitam no dorso da natureza onde tudo é festa. Ao som de valsas milenares a água despenca do infinito e escorre na caverna dos dias, sobrevoa os lírios do tempo com asas do porvir e balança o mundo com as preces do entardecer. E tudo ocorre de graça e com graça é lançado à humanidade para seu desfrute. Em meio ao caos universal a Mão Suprema acolhe de dia ou de madrugada a massa humana, que pernoita nos andares do tempo e ali faz morada, à espera do alento, do olhar dos irmãos, do consolo e da ajuda, para galgar os dias com elegância espiritual/corporal. Nety/CP > novembro 2018.