e o que resta são apenas migalhas
que não cabem nas metáforas
Migalhas que lutam por um lugar ao sol
para aquecer as sementes do verbo
encolhidas na cova do pensamento
Esforço sobrehumano da palavra
em luta corporal com a linguagem
que embala versos e estrofes
E o que resta
é a letra
é a sílaba
é a palavra
para massagear e ativar os neurônios
que despertam e na passarela revelam nuances
em tons de primavera
nas páginas brancas da vida
Resta conduzir a memória
num caminho de suor e lágrimas
até chegar ao quiquito
de melhor enredo
poético
Abrem-se alas
e por elas desfila o neuroquito
esbanjando alegrias
da conquista
Nety Maria Heleres Carrion
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