Entre o ser e o não ser
muitas coisas acontecem
e causam danos à consciência
de qualquer ente que jaz inerte
sobre a pedra filosofal da vida
Não consegue definir
partida nem chegada
Nessa estrada multifacetada
por pensamentos vãos
Danos à consciência
destituídos de substância que voa
em consonância com o cosmos
Nesse andar da carruagem
as coisas tomam prumo ignorado
pelo personagem malabarista que baila
contrito de ser o melhor bailarino
que ali repousa sob protestos
e chega marginalizado
Pelas veredas de um pensar turbulento
A chama do ideal cresce em desvario
soma descrença nos pontos
extenuados da existência
Quem sabe o que quer mistura
o bem querer que é mantra diluído
no comboio do sucesso
Quase me perco do meu querer
Quando o borrão da vida tropeça
nos ensaios briosos e me anestesio
do propósito majestoso da vida
Que me conduz na trilha
do sucesso poético
me acrescenta
me aduba
Me carrega as baterias
Fonte que se mistura às redes celulares
e se multiplica no vasto campo
imaginário e absoluto
Com seu brilho ascendente
Máquina fiel de todos os tempos
encrustada de pedras preciosas
Molas poéticas
que movimentam o mundo
Nety