atiço meus neurônios e invisto
nas pérolas da criação
Reflexo
das minhas ideias
que percorre o caminho
das estrelas
A minha estrela
me acompanha entre o céu
e a terra
Laurel
que recebo sem dar nada
em troca
a não ser a minha humilde
gratidão
Nesse recanto de paz o meu ser
vive um tempo genérico
erguido nas pirâmides
do pensamento
Um alicerce
cuja face contrasta
com a pureza
da alma
A periferia transforma
em cão e gato a raça pensante
Caça pueril
no reflexo das imagens
perpetradas
nos desertos ermos
Nessa madorna não me demoro
saio para fora e trago o vigor
que nasce em mim e reflete
a voz do tempo
De espaço em espaço
a minha estrela
lança olhar
com centelhas de luz
mas lá
não se demora
O dia já se fez claro e a noite
dá trégua na selva escura e fecha
o dia pleno de luz
Prendo o dia
na gaveta
enquanto a noite toma conta
do pedaço
Fechei a minha cara
para a poesia
Engavetei
os neurônios e com eles
toda a minha emoção e agora é esperar
o retorno das rimas
que sumiram sem dar sinal
Nety