na praia cheia de glamour
Não quero serenar
sem antes gastar todo o meu pensar
em atuações de risco ou de segurança
para que o retorno me traga a ilusão
de que tudo são flores
Elas que enfeitam
o meu jardim e me dão arrego
às horas mornas em que decido
voar ou aterrissar com meus pensamentos
Que não se dissipam
sem antes dar ciência de sua chegada
à terra
Porto firme
num concerto projetado no talento
do meu viver
No oráculo do templo
o espectro do meu ser descansa em paz
com a consciência
do dever cumprido
Jaz no topo da vida
condecorado pelas alegorias
exibidas no palco
Cenas de aplausos e vaias
para que se saiba que aqui
a paga do serviçal
da poesia
não carece de elogio
nem reprimenda
É musa na calçada a esmolar
a fantasia da fama
Utopia
com vestes reais
Nety